Nos
tempos primeiros fomos em nós professores, fomos em nós alunos, na ânsia de
aprendermos em nós as milhares de formas de conjugar o verbo amar, repetíamos
sem parar todas as conjugações possíveis, nem era preciso marcar nos trabalhos
de casa, perfeitos e dedicados alunos.
Nos
tempos seguintes fomos aprendizes, estagiários de uma relação, aprendendo,
gravando, entrosando vivências, ansiedades, desejos, entrando nos sonhos e
aspirações um do outro. Até ao dia, aquele fatídico dia, aquele dia em que o
antes podia terminar, o depois era posto em causa, tudo numa simples palavra,
tudo numa pergunta, tudo numa resposta, três letras, para um futuro, três
letras para o fim de um passado.
Chegou
o dia, depois de dias e noites, de noites e dias decidindo, talvez certo,
talvez errado, nem o tempo, nem todo o tempo do mundo nos daria a resposta,
pois só o tempo passado o saberá, e esse tempo ainda estará para vir.
Chego,
e como chego? Do alto do meu orgulho escanzelado na força da juventude,
inconsciente disseram, ou talvez maduro de mais, de um sentir decidido e
arrumado, perfeitamente consciente de que o mundo, ai o mundo! -O mundo poderia
acabar de ali a pouco, tudo há distância de apenas três letras. E depois de um
beijo nervoso e palavras circunstanciais, ai vai…
-Aceitas
passar o resto dos teus dias a meu lado, aceitas casar comigo?
Silêncio…
Procuro
no teu olhar uma resposta, nas são teus lábios que ma dão, no doce abrir de um
sorriso, três letras: - Sim….
Alberto Cuddel®
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