Estreia:21/02/2014
Estreia DVD: 13/08/2014
Gênero:Drama, Fantasia, Mistério
Duração: 118 min.
Origem: Estados Unidos
Direção: Akiva Goldsman
Roteiro: Akiva Goldsman, Mark Helprin
Distribuidor: Warner Bros. Pictures
Classificação: 12 anos
Ano: 2014
Destaques do elenco: Colin Farrel, Jessica Brown Findlay, Russel Crowe, Will Smith, Willian Hurt, Jennifer Connely
Esta história fantástica, baseada em um romance literário, se desenvolve tanto na Manhattan dos dias atuais, quanto no século XIX. Durante um inverno rigoroso, Peter Lake (Colin Farrell), um mecânico irlandês, decide roubar uma imensa mansão, fechada como uma fortaleza. Ele tem certeza que a casa está vazia, mas acaba encontrando uma garota (Jessica Brown Findlay) no interior. Quando ele descobre que ela está prestes a morrer, nasce uma história de amor entre os dois.
Difícil definir em que gênero esse filme se destaca, romance, drama ou fantasia, já que ele reúne elementos de todos esses. Mas uma coisa é inquestionável. Foi um dos filmes mais chatos do ano de 2014.
Trata-se da adaptação de um romance de Mark Helprin, que acabou fazendo sucesso, ao ponto de ser levado às telonas. Mas nem sempre se acerta a mão em determinadas adaptações. O diretor Akiva Goldsman foi quem se propôs a essa tarefa e o que se viu foi um roteiro confuso, cheio de idas e vindas no tempo, um romance piegas e inconvincente, uma série de situações ilógicas para o que o filme se propunha e um séquito de personagens aborrecidos e entediantes.
Quem assume o protagonismo da obra é o Colin Farrel, que pessoalmente eu considero como um dos atores mais sem graça da atualidade. Tanto que esse foi o seu terceiro fracasso consecutivo de bilheteria. O cara, ou tem um péssimo agente ou o tremendo azar de ser escalado para filmes horrendos. Faz tempo que ele não emplaca um sucesso de bilheteria, principalmente quando é a estrela central. Se sai melhor como coadjuvante. E olha que ele estava bem escorado, por nomes como Russel Crowe e Will Smith.
O que massacra mesmo o filme é o roteiro péssimo. Vendido como um romance para adultos, logo de cara, fica difícil de engolir um cavalo que voa (????), num filme cujo gênero é outro. A pretensa história de amor é mal desenvolvida. Os personagens centrais se conhecem e se apaixonam no início do século XX, do nada, sem um envolvimento melhor trabalhado ou uma química. O cara entra na mansão para roubá-la, dá de cara com a filha do proprietário, que não se assusta em ver um estranho com essas intenções em sua casa, eles se sentam, conversam e pronto, o amor está no ar. Começam depois os saltos no tempo, com o personagem do Farrel agora nos dias atuais. Não entendemos nunca se ele é imortal, se aquela seria uma reencarnação do seu personagem ou coisa do tipo ou se por acaso ele esbarrou com o Marty McFly & Dr Emmett Brown em suas viagens com o Delorean, e pegou uma carona para o futuro.
O que já era ruim piora, quando entram em cena os elementos sobrenaturais, com os personagens do Crowe e do Smith, interpretando, o primeiro uma espécie de demõnio, o segundo, o próprio Lúcifer, saído das profundas. Não se justifica em absolutamente nada tais elementos, criam uma verdadeira desconexão com a história que já não empolga e não acrescenta, modifica ou resulta em reviravolta alguma. Apenas demonstra o quanto o diretor/roteirista estava completamente perdido.
O pobre do Colin e sua parceira em cena se esforçam para dar credibiidade ou ao menos conquistar a empatia dos fãs do gênero, mas diante de um troço tão ruim, não têm como. Eles próprios já sabiam do resultado quando o filme chegasse às telonas, tanto que declararam, "Antes de entrar na sala de cinema, deixem o cinismo de lado". Por aí já diz tudo, quando os astros da obra falam tal coisa, se prepare porque vem bomba.
Tudo parece colaborar para o fracasso. Cenas mal elaboradas, ângulos ruins, péssima fotografia, efeitos constrangedores. Para não dizer que tudo está perdido, vamos poupar a trilha sonora do Hans Zimmer. Resultado final, estupendo fracasso de crítica e bilheteria. Ainda colocou em cheque a carreira do Farrel, que não anda bem e a tendência é piorar, se continuar associado a coisas desse tipo...
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