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sábado, 21 de novembro de 2015

Especial Grandes Personagens do Cinema - James Bond, Agente 007 - Com licença para Matar, Moore & Dalton

A saída definitiva de Connery deixou o futuro da série indefinido e temeroso. Eram os primeiros anos da década de 70, as coisas haviam mudado e 007 precisaria se adaptar aos novos tempos. Dispostos a provar que James Bond não era personagem de um único intérprete, os produtores partiram para o tudo ou nada, e decidiram a sorte na pele de um novo protagonista.
Dessa vez a opção não ficou por conta de um ator desconhecido, a dupla Saltzman-Broccoli optou por um velho amigo, o ator britânico Roger Moore, que já havia sido cogitado ainda nos anos 60, antes do Connery, mas que só não ficou com o papel por estar comprometido com um seriado de tv. Ao contrário do Sean, ele já era conhecido da maioria do público, pois tinha em seu currículo um seriado de sucesso, "The Saint". Nascido em Londres, em 1927, ele seria o primeiro ator também de nacionalidade britânica a interpretar o Bond. Moore assumiu o desafio de fazer 007 sobreviver com à saída de seu maior protagonista. De cara,decidiu interpretá-lo em moldes diferentes. Seu Bond seria mais averso à ideia de eliminar seus oponentes a sangue-frio e seria menos machista.
Nas cenas de ação, ele não possuía a mesma agilidade e intensidade de Sean. Porém, o seu 007 ficaria conhecido por um toque pessoal, o bom humor. James Bond, a partir de então, seria mais cínico, cafajeste e debochado. Embora a maioria dos fãs até hoje reclamem disso, o humor desnecessário da passagem do Moore.




O filme de estreia foi Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973), e para alivio dos produtores, a recepção foi excelente. Tanto a crítica quanto os fãs abraçaram o novo intérprete e o filme foi sucesso de bilheteria. Os produtores finalmente puderam respirar aliviados.

Mas a calmaria duraria até o filme seguinte, 007 Contra o Homem Com a Pistola de Ouro,(1974, detalhes, consulte a coluna Esquecíveis do cinema, basta acessar os marcadores em Resenha Cinéfila). Com uma produção aquém dos filmes anteriores, uma trama pouco inspirada, trilha sonora e música-tema péssimas, além de cenas esquecíveis, o filme não foi bem aceito dessa vez, instaurando uma crise na franquia. Para completar, o produtor Harry Saltzman, com problemas financeiros, iria vender sua parte nos direitos, deixando a responsabilidade da produção nas mãos de seu sócio, o Albert. O filme não chegou a ser fracasso de bilheteria, mas foi duramente criticado, ao tal ponto de que declaravam que a série estava ofegante e dava sinais de desgaste. As sequências cômicas, protagonizadas por Moore também não foram bem vistas pelos fãs.
A resposta viria com 007 - O Espião Que me Amava (1977). Contando com um bom orçamento, o filme se tornaria uma mega-produção, apesar da fragilidade do roteiro, considerado quase um remake de Com 007 só se Vive Duas Vezes. Contando com uma cenografia espetacular, sequências impressionantes de ação, um vilão memorável e carismático (o infame Jaws), uma belíssima e inesquecível canção-tema, que se tornaria um hit absoluto, o filme foi enorme sucesso de crítica e público. Moore até hoje o considera como o seu melhor filme na pele do espião e muitos fãs o apontam como rival direto do Goldfinger, pelo reconhecimento de ser o melhor de toda a série.


Na cola do sucesso, viria outra mega-produção, 007 Contra o Foguete da Morte (1979). Na época, foi o filme de maior orçamento, mais de 30 milhões de dólares. Com o dinheiro sobrando, a equipe técnica se esbaldou. As locações ocorreram em 7 países, contando com 4 estúdios diferentes. Devido ao sucesso dos filmes de ficção científica, entre eles o fenômeno Star Wars, parte da aventura se passa no espaço, com direito a raios lasers, naves e tudo mais. Para os fãs brasileiros, o filme teve um sabor especial, pois o espião vem ao nosso pais, protagoniza uma das maiores cenas de toda a história da série, no bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, e uma cena de perseguição com lanchas pelo Amazonas. Mais uma vez o destaque fica por conta da espetacular cenografia e dos efeitos especiais, que simulam a ação no espaço. O filme foi um sucesso de bilheteria sem precedentes, mais de 200 milhões, crítica e fãs não o veem com bons olhos até hoje, acusando o mesmo de ter desvirtuado Bond completamente de suas raízes, por conta da trama mirabolante demais para o padrão da série e o roteiro bastante exagerado.


As críticas foram ouvidas, e no filme seguinte, 007 - Somente Para os Seus Olhos (1981), Bond retornou numa trama mais pé no chão. Os vilões megalomaníacos e seus planos de conquista mundial ficaram de fora dessa vez, a trama do filme faz um retorno às raízes de Bond, tendo os conflitos de interesse da Guerra Fria como pano de fundo. A grandiosidade vista nos filmes anteriores não se fez presente, mas os elementos ausentes desde a era Connery foram resgatados e o filme teve uma boa bilheteria. Durante as filmagens, Moore afirmava ser seu último filme como 007, pois seu contrato se esgotava com aquele título e não havia interesse dos produtores em  renovar.



No filme seguinte, 007 Contra Octopussy (1983), ao entrar em pré-produção, outros nomes já vinham sendo testados para o lugar do Roger. Entretanto, um fato  seria determinan e para seu retorno ao 007.

O produtor Kevin McGlory, que há décadas movera um processo contra a série oficial, requerendo direitos autorais, conquistou na justiça o direito de realizar uma produção com o 007, independente da série oficial. Ele optou por um remake do 007 Contra a Chantagem Atômica, e convenceu ninguém menos do que o Sean Connery a atuar como James Bond. Seria o seu retorno ao personagem, após o abandonar 12 anos antes. O filme se chamou 007 - Nunca Mais Outra Vez (1983), em referência ao próprio Sean, que declarara ainda nos anos 70, nunca mais voltar a interpretar o Bond. O filme acabaria estrelando antes do concorrente oficial.

Ao tomar conhecimento da concorrência, o sr Broccoli temendo disputar com um protagonista novato contra um Bond interpretado pelo Connery, tratou de renovar o contrato do Moore para mais 2 filmes, e ele então se apresentou em seu 6º trabalho na pele do espião. Na disputa pela preferência dos fãs, o Octopussy levou a melhor, pois o Nunca Mais Outra Vez, embora tivesse o saudosismo do seu maior intérprete em destaque, tratava-se de um remake. Foi bem recebido pela crítica, principalmente pelos que discordavam do tom cômico que a série impregnou com o Moore, mas isso não foi suficiente para superar o concorrente, que contava com uma trama original, o carisma de seu intérprete, há uma década na pele do personagem e teve boas cenas de ação, algumas memoráveis até hoje.



Moore despediria-se da série em 007 Na Mira dos Assassinos (1985). Com 57 anos, a idade tornara-se um empecilho para a sua permanência. Ele não apresentava mais disposição e vigor nas cenas de ação, e a idade já era motivo de piada para ele mesmo, que já se sentia já desconfortável em viver o agente secreto. O filme em si, não é também um dos mais memoráveis de sua passagem, tanto que o próprio astro não o vê com bons olhos. Muitos fãs não sabem afirmar se entre O Homem Com a Pistola de Ouro, O Foguete da Morte e esse aqui, qual dos 3 é o menos ruim da era Moore. O astro despedia-se do personagem após uma década e meia dando vida a ele, tendo 7 filmes oficiais em seu currículo,marca até o momento, não superada por nenhum outro que o sucedeu.


Entre os fãs, ele divide opiniões, embora seja o mais carismático dos interpretes, o toque cômico que ele emprestara ao espião não é visto com bons olhos até hoje, embora seja um dos rostos mais populares do 007. A carreira estacionou após sua saída. Ao se aposentar do James Bond, ele realizou poucos trabalhos, em produções B, a maioria sem expressão alguma, e indignas de referência. Mas vale frisar que ele se tornou o Embaixador da Unicef, e dedicou-se a muitas ações humanitárias



A saída de Moore levou a busca por um novo intérprete. Como no passado, vários nomes foram cogitados e testados, enfim chegando a um intérprete, o galês Timothy Dalton. Nascido no país de Gales em 1946, ele já havia sido cogitado como James Bond ainda nos anos 60, quando Connery largara pela primeira vez o personagem. Mas Dalton recusou, pois na época tinha 24 anos, e achava que Bond exigia alguém 10 anos mais velho do que ele.

Com a saída do mítico Roger Moore, após alguns contratempos, como estar comprometido com outra produção, Dalton finalmente assumira o 007. Entretanto, por aquele tempo, o mundo estava entrando em outros cenários. A Guerra Fria que servira como pano de fundo nas tramas das aventuras de Bond estava em seu processo de deterioração, os novos tempos politicamente corretos e a nova ordem mundial afloravam, e até mesmo o avanço das doenças sexualmente transmissíveis exigiam mudanças na série do Bond.



Dalton assumira o personagem com a intenção de humanizá-lo, mostrando que ele era falível e imperfeito, tirando a aura de invencibilidade das Eras Moore e Connery. Para isso ele leu todos os romances com o personagem e optou em não ver os filmes anteriores, pois ele queria dar aos fãs, o personagem em sua essência original. Seu filme de estreia, 007 Marcado Para a Morte (1987), estrelou com uma enorme campanha de marketing em torno do novo protagonista, e contando com uma excelente produção, foi enorme sucesso de público e crítica mais uma vez. Um começo promissor, que infelizmente não renderia por muito tempo.


No filme seguinte, 007 - Permissão Para Matar (1989), os bastidores ficaram marcados por alguns problemas internos, o título do filme teve que ser mudado repentinamente e as mudanças na personalidade do Bond não foram bem aceitas pelos fãs. Embora seja disparado o melhor filme do Dalton, e o que teve um enorme diferencial no perfil do personagem, deixando-o mais sombrio e vingativo, além de mais realista, tanto que até hoje é badaladíssimo e adorado pelos fãs, na época foi considerado como fracasso de bilheteria, se bem que arrecadou mais de 156 milhões mundialmente, para um orçamento de 32 milhões. Se isso pode ser considerado um fracasso, o que então seria um sucesso??? Pesou contra ele o fato de também estrelar concorrendo com alguns blockbusters da época, Como Batman e Indiana Jones.
Para completar, mais uma vez os produtores se viram envolvidos em uma disputa judicial pelos direitos do personagem, o que causaria um hiato de cinco anos sem os filmes do herói nos cinemas. Com isso, Dalton que tinha contrato para três filmes, cansou de esperar uma decisão judicial e rescindiu seu contrato, saindo prematuramente da franquia. Entre os fãs, ele também divide opiniões. Há quem o considere um dos piores intérpretes, injustamente. Há quem defenda que ele foi quem melhor interpretou o personagem nos moldes de seu criador, o Fleming.

A carreira nos cinemas também não deu muito certo após sua passagem rápida,e ele se concentrou mais nos trabalhos para a tv e no teatro. Foi justamente nos palcos que sua carreira deslanchou, motivos pelos quais ele sumiu dos cinemas. Mas ainda fez alguns trabalhos para as telonas, embora a maioria mesmo passe despercebida.

Permissão Para Matar seria também o último filme produzido pelo Albert R Brocolli. Quando finalmente o personagem retornara, em 1995, a idade avançada já havia o afastado das produções bondinianas, ele participou da produção somente como consultor. Ficara então um legado de quatro décadas, que foi importantíssimo, e um dos mais influente em toda a historia do cinema.


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