A saída definitiva de Connery deixou o futuro da série indefinido e temeroso. Eram os primeiros anos da década de 70, as coisas haviam mudado e 007 precisaria se adaptar aos novos tempos. Dispostos a provar que James Bond não era personagem de um único intérprete, os produtores partiram para o tudo ou nada, e decidiram a sorte na pele de um novo protagonista.



A resposta viria com 007 - O Espião Que me Amava (1977). Contando com um bom orçamento, o filme se tornaria uma mega-produção, apesar da fragilidade do roteiro, considerado quase um remake de Com 007 só se Vive Duas Vezes. Contando com uma cenografia espetacular, sequências impressionantes de ação, um vilão memorável e carismático (o infame Jaws), uma belíssima e inesquecível canção-tema, que se tornaria um hit absoluto, o filme foi enorme sucesso de crítica e público. Moore até hoje o considera como o seu melhor filme na pele do espião e muitos fãs o apontam como rival direto do Goldfinger, pelo reconhecimento de ser o melhor de toda a série.
Na cola do sucesso, viria outra mega-produção, 007 Contra o Foguete da Morte (1979). Na época, foi o filme de maior orçamento, mais de 30 milhões de dólares. Com o dinheiro sobrando, a equipe técnica se esbaldou. As locações ocorreram em 7 países, contando com 4 estúdios diferentes. Devido ao sucesso dos filmes de ficção científica, entre eles o fenômeno Star Wars, parte da aventura se passa no espaço, com direito a raios lasers, naves e tudo mais. Para os fãs brasileiros, o filme teve um sabor especial, pois o espião vem ao nosso pais, protagoniza uma das maiores cenas de toda a história da série, no bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, e uma cena de perseguição com lanchas pelo Amazonas. Mais uma vez o destaque fica por conta da espetacular cenografia e dos efeitos especiais, que simulam a ação no espaço. O filme foi um sucesso de bilheteria sem precedentes, mais de 200 milhões, crítica e fãs não o veem com bons olhos até hoje, acusando o mesmo de ter desvirtuado Bond completamente de suas raízes, por conta da trama mirabolante demais para o padrão da série e o roteiro bastante exagerado.
As críticas foram ouvidas, e no filme seguinte, 007 - Somente Para os Seus Olhos (1981), Bond retornou numa trama mais pé no chão. Os vilões megalomaníacos e seus planos de conquista mundial ficaram de fora dessa vez, a trama do filme faz um retorno às raízes de Bond, tendo os conflitos de interesse da Guerra Fria como pano de fundo. A grandiosidade vista nos filmes anteriores não se fez presente, mas os elementos ausentes desde a era Connery foram resgatados e o filme teve uma boa bilheteria. Durante as filmagens, Moore afirmava ser seu último filme como 007, pois seu contrato se esgotava com aquele título e não havia interesse dos produtores em renovar.
No filme seguinte, 007 Contra Octopussy (1983), ao entrar em pré-produção, outros nomes já vinham sendo testados para o lugar do Roger. Entretanto, um fato seria determinan e para seu retorno ao 007.


Moore despediria-se da série em 007 Na Mira dos Assassinos (1985). Com 57 anos, a idade tornara-se um empecilho para a sua permanência. Ele não apresentava mais disposição e vigor nas cenas de ação, e a idade já era motivo de piada para ele mesmo, que já se sentia já desconfortável em viver o agente secreto. O filme em si, não é também um dos mais memoráveis de sua passagem, tanto que o próprio astro não o vê com bons olhos. Muitos fãs não sabem afirmar se entre O Homem Com a Pistola de Ouro, O Foguete da Morte e esse aqui, qual dos 3 é o menos ruim da era Moore. O astro despedia-se do personagem após uma década e meia dando vida a ele, tendo 7 filmes oficiais em seu currículo,marca até o momento, não superada por nenhum outro que o sucedeu.
A saída de Moore levou a busca por um novo intérprete. Como no passado, vários nomes foram cogitados e testados, enfim chegando a um intérprete, o galês Timothy Dalton. Nascido no país de Gales em 1946, ele já havia sido cogitado como James Bond ainda nos anos 60, quando Connery largara pela primeira vez o personagem. Mas Dalton recusou, pois na época tinha 24 anos, e achava que Bond exigia alguém 10 anos mais velho do que ele.
Com a saída do mítico Roger Moore, após alguns contratempos, como estar comprometido com outra produção, Dalton finalmente assumira o 007. Entretanto, por aquele tempo, o mundo estava entrando em outros cenários. A Guerra Fria que servira como pano de fundo nas tramas das aventuras de Bond estava em seu processo de deterioração, os novos tempos politicamente corretos e a nova ordem mundial afloravam, e até mesmo o avanço das doenças sexualmente transmissíveis exigiam mudanças na série do Bond.
Dalton assumira o personagem com a intenção de humanizá-lo, mostrando que ele era falível e imperfeito, tirando a aura de invencibilidade das Eras Moore e Connery. Para isso ele leu todos os romances com o personagem e optou em não ver os filmes anteriores, pois ele queria dar aos fãs, o personagem em sua essência original. Seu filme de estreia, 007 Marcado Para a Morte (1987), estrelou com uma enorme campanha de marketing em torno do novo protagonista, e contando com uma excelente produção, foi enorme sucesso de público e crítica mais uma vez. Um começo promissor, que infelizmente não renderia por muito tempo.

A carreira nos cinemas também não deu muito certo após sua passagem rápida,e ele se concentrou mais nos trabalhos para a tv e no teatro. Foi justamente nos palcos que sua carreira deslanchou, motivos pelos quais ele sumiu dos cinemas. Mas ainda fez alguns trabalhos para as telonas, embora a maioria mesmo passe despercebida.


Permissão Para Matar seria também o último filme produzido pelo Albert R Brocolli. Quando finalmente o personagem retornara, em 1995, a idade avançada já havia o afastado das produções bondinianas, ele participou da produção somente como consultor. Ficara então um legado de quatro décadas, que foi importantíssimo, e um dos mais influente em toda a historia do cinema.
E aí Leno?
ResponderExcluirPreparado para Pearce???
rsrsrs