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sábado, 31 de outubro de 2015

Especial 31 dias de Halloween - Resenha Cinéfila - Filmes Inesquecíveis do Cinema - A Invocação do Mal

Ficha Técnica
Título - The Conjuring(Original), A Invocação do Mal(Brasil)
Pais - Estados Unidos
Lançamento - USA 19 de julho de 2013
Lançamento - Brasil 13 de setembro de 2013
Duração - 112 min 
Idioma - Inglês
Direção James Wan
Produção -Tony DeRosa-Grund, Peter Safran, Rob Cowan
Produção executiva - Walter Hamada, Dave Neustadter
Roteiro - Chad Hayes, Carey W. Hayes
Gênero - Terror
Música - Joseph Bishara
Direção de arte - Julie Berghoff, Geoffrey S. Grimsman, Walter Hamada
Direção de fotografia - John R. Leonetti
Figurino - Kristin M. Burke
Cinematografia - John R. Leonetti
Edição - Kirk M. Morri
Companhia(s)produtora(s) - The Safran Company,
Evergreen Media Group, New Line Cinema
Distribuição - Warner Bros.
Orçamento - US$ 20 milhões
Receita - US$ 318 000 141( Até a presente data)
Elenco
Vera Farmiga como Lorraine Warren
Patrick Wilson como Ed Warren
Lili Taylor como Carolyn Perron
Ron Livingston como Roger Perron
Shanley Caswell como Andrea Perron
Hayley McFarland como Nancy Perron
Joey King como Christine Perron
Mackenzie Foy como Cindy Perron
Kyla Deaver como April Perron
Shannon Kook como Drew
John Brotherton como Brad
Sterling Jerins como Judy Warren
Marion Guyot como Georgiana Moran
Steve Coulter como Padre Gordan
Joseph Bishara como Bathsheba

Sinopse
Baseado em fatos reais, esse filme reconstitui parte da tenebrosa história da família Perron, formada pelo casal Carolyn e Roger Perron e as 5 filhas. Em 1971 eles se mudam para uma casa de campo, em Harrisville, Rhode Island. Não demora muito para toda a família descobrir que a casa é mal assombrada. Todos são vítimas das entidades que lá habitam. Desesperados, o casal resolve pedir ajuda aos investigadores sobrenaturais, os famosos demonologistas Ed e Lorraine Warren.

Comentários

Não é de hoje que o gênero do terror passa por uma certa crise de decadência. Boa parte dos filmes padecem com a ausência de criatividade, inovação, talentos por trás das câmeras e boas ideias. A saída dos cineastas na tentativa de causar sustos dos bons em seu público é apelar para as soluções mais manjadas possíveis, que todo bom fã de terror já conhece bem. Utilizar os recursos sonoros a seu favor em uma cena de menor impacto é uma delas. Outro ponto negativo é que, na ausência de boas ideias, a saída é reciclar cada vez mais, um gênero que já não tem mais o que ser explorado, ou então realizar remakes capengas de produções que fizeram sucesso em décadas passadas.
Por tudo isso, pode-se alegar que o talento ainda é a melhor solução para tudo, mesmo para um gênero que padece com tudo isso. O diretor asiático James Wan chegou para mostrar que isso ainda faz a diferença, tanto que,ele reuniu num mesmo filme, dois temas já bastante manjados entre os fãs de terror: casas mal assombradas e possessões, e conseguiu surpreender a todos, realizando um dos filmes mais assustadores da última década.
Wan já demonstrou anteriormente a sua capacidade em mexer com o medo das pessoas. Alguns anos atrás, ele deu um novo fôlego ao gênero, comandando o excepcional Jogos Mortais. Passado certo tempo, uma nova surpresa, ele comandou o excelente Sobrenatural, trazendo uma visão diferenciada ao estilo de casas mal assombradas. O sucesso foi tamanho,que o filme tornou-se uma trilogia. Portanto, não é de se estranhar o que ele conseguiu fazer com Invocação do Mal.
Esse filme é mais um a provar que os fatores corretos, uma vez unidos podem resultar numa produção competente. E esse filme teve tudo isso a seu favor. Para começar,a história na qual o roteiro se apega, é real e veio a Hollywood através do trabalho de pesquisa, investigações e relatos de um dos casais mais famosos no ramo da demonologia, Ed e Lorraine Warren, verdadeiras autoridades no que diz respeito a investigar locais mal assombrados, possessões e coisas do tipo. Nos anos 70, o casal investigou a propriedade da família Perron, que era palco de uma série de atividades sobrenaturais, que simplesmente não deixavam a família viver em paz. Todo o material coletado, as entrevistas gravadas com o casal e os acontecimentos testemunhados pelos Warren foram apresentados a um produtor hollywoodiano, que achou a história extremamente horripilante,e sabia que daria um bom filme.
Após algumas décadas em busca de um estúdio que se interessasse em comprar a história e bancar uma produção, a New Line Cinema se interessou e adquiriu os direitos. Os irmãos, Chad e Carey Hayes ficaram encarregados do roteiro da produção. Para desenvolver a história, os dois irmãos utilizaram os aspectos descritos por DeRosa-Grund e a fita de vídeo de Ed Warren e, com base nisso, mudaram o ponto de vista do enredo, que estava centrado na família Perron, para o casal Warren. Segundo Chad, o roteiro trata-se de uma colisão psicológica entre os Warren, os Perron e os espíritos, e por isso eles decidiram abordar um pouco do ponto de vista desses três grupos. Entretanto, o foco narrativo situou-se apenas sob os Warren, especialmente em Lorraine, pois de acordo com os irmãos Hayes, a história passava a ficar mais interessante e distinta de outros filmes do gênero, que também falam sobre uma família que vai morar na casa errada, ao destacar a perspectiva dela. Durante o desenvolvimento do script, os Hayes ligavam constantemente para Lorraine Warren, para que ela pudesse esclarecer alguns detalhes sobre o caso.
Enfim James Wan assumiu a cadeira de direção, escalou o elenco e tocou o barco. E ele o fez de forma super-competente. Como dito,o gênero anda escasso, em especial, o que trata de casas assombradas. Mas o diretor sabe como desenvolver o material que tem em mãos. Já no começo do filme,a sugestão psicológica adianta o que nos espera,ao narrar que a história é baseada em fatos reais e que se trata do caso mais aterrorizante investigado pelos Warren.
Sem pressa, Wan nos apresenta aos personagens centrais, construindo-os aos poucos. O cenário vai lentamente sendo apresentado, logo ficamos familiarizados com a casa que abriga um monte de almas penadas,e seu diretor não tem pressa em fazer as assombrações começarem a sair das salas e quartos escuros, o que nos deixa mais apreensivos. Mas quando o faz,é uma sucessão de sustos que nos pegam desprevenidos. Wan trabalha como ninguém, construindo a tensão reinante, que antecede os ataques dos espíritos,que não economizam nem nos poupam do medo iminente. É uma cena atrás da outra,o coração mal para de bater. Seu diretor de fotografia acerta no recheio. Nas mãos dele, a casa de Harrisville,seus cômodos e tudo mais é escura e sinistra além da conta, como toda boa casa mal assombrada deve ser.
Outro ponto favorável que Wan tem em suas mãos, são os recursos sonoros. Aqui, ele trabalha com o som a seu favor o tempo todo. Em dados momentos,a casa é tão silenciosa que chega a causar apreensão. No momento seguinte,um bater de portas é capaz de fazer o coração sair pela boca. Mais um ponto para o talentoso diretor, Juntemos a isso, o elenco extremamente carismático e competente. Lilly Taylor, que interpreta Carolyn Perron, dá um show à parte. Sua personagem é um dos focos da história e ela a interpreta com convicção. Vera Farmiga dá vida a Lorraine Warren e também impressiona por sua firmeza com a personagem.
Realizado com o orçamento de 20 milhões, o filme ao ser lançado, tornou-se uma grata surpresa para os fãs.Escorado por um bom marketing, a crítica elogiou excessivamente a obra,afirmando se tratar do melhor filme de terror dos últimos anos. A bilheteria também não decepcionou, ele arrecadou pouco mais de 318 milhões, um sucesso absoluto.Visto o quanto o gênero anda decadente,a resposta foi mais que positiva. O sucesso não podia passar em branco, e a sequência já está nos planos do estúdio,prevista para 2016. Em 2014, querendo comer mais um pedacinho do bolo,os estúdios realizaram o fraquinho Anabelle, derivado dessa obra. Invocação do mal tornou-se praticamente uma referência moderna ao gênero do terror. Nenhuma outra obra tem sido tão referenciada e elogiada pelos fãs como essa, desde a época de seu lançamento.


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