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domingo, 24 de agosto de 2014

Zane - Capítulo 05

Ela teve de baixar seus olhos, pois eles a denunciariam. Comporte-se, Quinn!, repreendia-se. Está mais para uma ninfomaníaca do que uma adulta e saudável.
- Bom, então vamos ao meu escritório para que assine os papéis, certo?
Zane estreitou os olhos. Era impressão sua ou Jake havia lhe lançado um olhar de provocação, enquanto dirigia Quinn para longe. E aquela maldita mão boba nas costas dela? Não gostou nada da sensação de possessão que sentia ao vê-la ser tocada por outro homem. Mesmo que seu melhor amigo. Sabia bem que no momento em dissesse a ele que tinha interesse na garota, ele se afastaria. Mas... tinha mesmo interesse nela? Bom, isso era meio óbvio, mas nada havia mudado desde que a virá antes. Continuava a não pertencer a seu mundo.
Que tudo isso fosse para o inferno! Agora que estava claro que não podia e nem conseguiria evita-la, ela seria sua! Nem que por uma única noite, teria Quinn Armentrouth em sua cama. Exploraria cada recanto daquele corpo, até se saciar de todo aquele desejo insano por aquele docinho.
Enquanto eles sumiam rumo ao escritório do amigo, Zane suspirou num misto de alívio e agonia. Alívio por que afinal tomara uma decisão. E agonia... por temer estar tomando o caminho errado novamente.
- Hey, companheiro. – ele chamava o motorista da caminhonete. – Me dá uma mão aqui? Vamos descer essa belezinha...
Quando Quinn retornou, Zane já havia descido a moto e a empurrava, sem muito esforço. A força daquele homem a impressionava. E admirou como suas costas era larga.
Antes que se visse estática a examiná-lo, voltou-se para Jake:
- Acho que tudo está certo agora, não?
- Sim, Quinn. E assim que Zane der o parecer dele, entramos em contato. – ele era todo sorriso.
Ela podia não estar olhando, mas sentia que seu tatuado se aproximava. Seu?
- Eu vou te acompanhar até o carro... – Jake se oferecia.
- Pode deixar, parceiro. – era Zane quem chegava e se colocava entre os dois, fitando sério seu patrão. – Eu a acompanho. – seu tom dizia que não era um pedido e sim um aviso.
Jake fez menção de protestar, mas Zane o encarou de frente, a espera da réplica. Mas o outro não se manifestou.
- Quinn, - Jake lhe estendia a mão, dando-se por vencido. – foi muito bom te ver de novo!
Ela não podia estar se sentindo melhor. Ser disputada, ainda que discretamente, por dois homens divinos... não era todo dia que isso acontecia.
- Digo o mesmo, Jake. – cumprimentou-o rapidamente e então era guiada por Zane até o grande estacionamento do lugar.
Agora que já se encontravam sozinhos, ele parecia mais leve.
- Não é estranho que já tenha vindo aqui algumas vezes e nós nunca tenhamos nos vistos?
Ela pensou sobre aquilo.
- Sim. Louco, não?
- Bom, - ele começava, fazendo um gesto com as mãos. - se bem que uma garota como você, se cruzasse com um tipo como eu, nem me dignaria um segundo olhar...
Quinn o fitou, franzindo o cenho, confusa:
- O que? Uma garota como eu? E que tipo eu seria?
Ele dava de ombros, torcendo os lábios:
- Hum... esnobe, metida...
Deixando uma exclamação ofendida sair de sua boca, ela cruzou os braços:
- Oh, puxa! Que belo conceito faz de mim, não?
Zane gargalhou, jogando sua cabeça para trás. Ela adorou o som da risada dele...
- Só estou te provocando... Mas é óbvio que é uma garota com dinheiro, assim eu nem teria chance...
- Meus pais tem dinheiro! – ela o interrompeu com o dedo em riste diante de si e disse, como se aquilo explicasse tudo.
- E tem diferença?
- Sim, porque, eu tenho de trabalhar para ter o meu dinheiro!
- Ok, se está dizendo. – o tom dele era descrente.
Ela revirou os olhos e riu da atitude dele.
- Então você entende um pouco de mecânica, não? – ela o lembrou.
Ele riu novamente, balançando sua cabeça:
- Hã... Talvez um pouco mais que um pouco.
- Há quanto tempo trabalha nesse ramo?
- Bom, desde que me entendo por gente. Com Jake já há mais de dez anos.
- Uau! Então você e Jake devem ser muito amigos.
- Sim. Como irmãos! E quanto a sua relação com ele?
Quinn pensou não ter ouvido direito:
- Minha o quê?
- De onde conhece o cara?
- Hora, daqui mesmo!
- Oh... – foi só a resposta dele.
Ela o encarou, desconfiada:
- O que quer dizer com esse “oh”?
- Nada, esqueça.
- Ok... – assim que alcançaram o pequeno e vermelho corvete, ela acionou o alarme. – Aqui estamos de novo.
Zane se curvou para abrir porta para ela, seu corpo grande ficando bem próximo do dela.
Quinn não ousou se mover quando o sentiu tão perto. Aquele perto ainda não lhe era o suficiente. Desejava tanto poder tocá-lo. Sentir a textura da pele de seu rosto, sua barba rala. Então, quando ele se endireitou diante dela, não recuou um passo sequer.
Quando seus olhos, que descobriu serem verdes claros, se detiveram em seus lábios, teve se conter muito para não correr a língua sobre eles.
- Sem beijo de despedida hoje? – sua voz era baixa e levemente rouca.
Sorrindo de forma a erguer um canto de sua boca coberta de gloss, Quinn procovou:
- Hum, não quero te deixar mal acostumado...
- Isso é prenuncio de que vamos nos ver de novo?
- Parece que sim...
- Gosto da ideia.
- Eu também...
- E também gosto da ideia de nos despedirmos com beijos... – os olhos dele passeavam sobre sua face, parecendo querer decorar seus contornos e depois voltavam a seus lábios. - mesmo que no rosto.
Quinn o olhou de soslaio, como se ponderando sua proposta. Então se colocava na ponta dos pés e lhe tascar um beijo rápido no rosto áspero pela barba.
Quando ela já ia se afastar, Zane segurou seus braços com as mãos grandes, mantendo-a no lugar, muito perto de seu corpo grande, e então procurou seus olhos.
- Quando tiver um orçamento, - Falava muito vagarosamente e, mesmo o assunto sendo trabalho, a forma como ele pronunciava cada palavra, indicava que não era exatamente o que ele queria dizer... ou o que desejava fazer. - entro em contato.
Quinn se viu mordendo o lábio inferior. Oh, como desejava que a beijasse. Mas sabia que ali não era o lugar certo. E sabia também que agora que o havia reencontrado... aquele beijo iria acontecer. E temia ser ela a agarrá-lo, tamanha era sua necessidade dele...
- Ok... – aspirou fundo, tentando captar seu cheiro. Sentiu um misto de colônia, tinta, graxa e... cheiro de homem. Da pele dele, de suas roupas, ela não sabia. Mas queria carregar aquele odor, porque naquela noite, quando tocasse seu corpo pensando nele, era daquela fragrância que queria lembrar: o cheiro se Zane Hudson. – Vou aguardar... ansiosa... – assim dizendo, colocou seus óculos escuros e entrou em seu carro e partiu.
Zane ficou parado no lugar, mesmo depois de Quinn já ter desaparecido de suas vistas.
Porra, que mulher sexy! Flertara com ele sem pudor algum. Com braços cruzados e pernas separadas, pensava no quanto havia sido difícil não beijá-la. Tinha certeza de que ela não iria repeli-lo. Muito pelo contrário. Podia notar na forma como o fitava, seus olhos cheios de desejo.
Bem, estava decidido: teria de antecipar aquele encontro! Ou ficaria louco, pensando naquelas curvas bem feitas envoltas naquele vestido justo. Porque agora também tinha uma certeza: nenhuma outra mulher que colocasse em sua cama, seria o suficiente para aplacar seu desejo por Quinn Armentrouth.
Com tal pensamento, sorriu e voltou para a Harper’s, determinado. Quando passou diante do escritório de Jake, empurrando a danificada Harley, esse parou a porta e o observou:
- Hey, o que está fazendo?
- Hora, o que parece? Meu trabalho!
- Mas você tem outras prioridades agora, Hudson. Outra motos na frente dessa.
- Nada que Tracy não possa assumir. – se referia a um outro mecânico da equipe.
- Eu? Mas... - o homem se manifestava. Mas bastou um olhar para o sério Zane, que era o responsável pelo setor de motocicletas para se deixar a frase morrer. Além de evitar bater de frente com o amigo, duas vezes maior que ele, lhe devia muitos favores. – Claro! Sempre cabe mais uma na garagem do velho Tracy...
- É assim que se fala, amigão! – e Zane retomava seu caminho, tendo se detido para encarar o outro mecânico em desafio.
A suas costas, sabia que seu amigo Jake estreitava os olhos a examiná-lo. E, como imaginava o chamado não tardou a chegar:
- Hudson! Será que precisamos conversar?
- Relaxa, mamãe! Sei o que estou fazendo...- sentindo que aquilo não era o suficiente tranquilizar o outro, voltou-se e o encarou. – Está assim por causa da garota... ou por minha causa?
Jake se aproximou, tentando sorriso debochado, mas falhando terrivelmente:
- E se eu disser que pelos dois?
- Bom, então eu digo para relaxar. Tenho tudo sobre controle...
- Mesmo?
– Jake, ela não é Camille, ok? – assim, achando que tudo já estava esclarecido, retomou seu caminho. Mas antes falou em alto e bom tom. – E trate de ficar longe da garota, entendido?
A gargalhada de Jake o perseguiu.

Enquanto isso, a caminho da delicatessen de Eric onde ordenara a Gwen e Julia, através de mensagem, que a encontrassem, Quinn havia abaixado a capota de seu corvete e cantava a plenos pulmões com Joss Stone que estourava no rádio com While You're Out Looking For Sugar.
Mal podia esperar para contar as novidades para as amigas. Havia reencontrado Zane Hudson! E dessa vez ela não o deixaria desaparecer!  E não sossegaria até ter suas pernas em volta daqueles quadris estreitos e se fartar de seus beijos! E se deliciar com cada pedaço de seu corpo quente e trabalhado.




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