O Coringa, cujo macabro rosto pálido e sorriso sinistro foi baseado em uma carta de jogo, apareceu pela primeira vez na imprensa em 1940. Desde então, o personagem tornou-se um dos vilões de quadrinhos mais infames, tornando-se para a televisão (interpretado por Cesar Romero na década de 1960) e a tela grande (Ambos interpretado por Jack Nicholson e Heath Ledger).
O personagem já roubou a cena do Batman em várias oportunidades, não somente nas versões para o cinema. Nas hqs, as aparições mais memoráveis do personagem se deram várias edições.
Vale lembrar que o Batman no começo, por volta do final dos anos trinta era diferente deste que conhecemos hoje. Não tinha Batmóvel, do cinto de utilidades... E os seus adversários eram gângsteres, cientistas loucos que faziam de tudo atingir seus objetivos, mas não eram dignos de nota, foi necessário encontrar um adversário de verdade. Em 1940 Batman ganhou o seu primeiro gibi-solo. Batman #1, com quatro aventuras e na primeira história o Coringa surgiu. A história foi escrita por Finger, desenhada por Kane e arte feita por Robinson, na qual o Coringa lança um desafio à Polícia, ele roubaria e mataria vários ricaços, e as forças da Lei e da Ordem não conseguiriam capturá-lo! Ele matava suas vítimas injetando uma fórmula química que além matá-las, contraía seus músculos faciais, provocando uma espécie de riso macabro.
Criado pelo artista de quadrinhos de renome, Jerry Robinson, a arte da capa de "The Harlequin's Hoax!" Simboliza a estilização simples, mas elegante encontrado atrás periódicos de ação e aventura na década de 1930 e 40s.
A mais famosa aventura do Batman não poderia deixar seu maior arqui-inimigo de fora. Nessa conhecidíssima minissérie, o Coringa se encontra catatônico no Asilo Arkhan por 10 anos, o mesmo período em que o Batman passou longe de suas atividades de vigilante. Quando o herói volta à cena, a mídia de Gothan dá total cobertura ao seu retorno, chamando a atenção do maníaco, que acaba recobrando a consciência.Assistido pelo psiquiatra Bartholomew Wolper, crítico ferrenho do Batman. Coringa o convence a deixá-lo participar de um programa de entrevistas ao vivo. O maluco acaba eliminando grande parte da plateia com o gás do riso, para chamar a atenção do Batman,que decide colocar um ponto final em seus crimes. Os dois se encontram para o acerto de contas definitivo num parque de diversões, nde o Coringa deixa um rastro de mortes.
Frank Miller em sua primeira graphic novel sobre o Batman, deixa a loucura meio de lado e mostra um Coringa extremamente violento e frio, como um assassino em massa assustador, mas sem o viés cômico. É bem possível que essa persona tenha influenciado o personagem do filme de 2008. O embate final entre o herói e o vilão ocorre no terceiro volume da série, intitulado Caça ao Morcego.
Mesmo com toda a mítica da obra de Frank Miller, não restam dúvidas que a saga mais famosa envolvendo o Coringa, ocorreu nessa graphic Novel, escrita pelo famoso Alan Moore e desenhada por Brian Bolland.
Nela acompanhamos a origem do personagem sendo contada através de flashbacks. Após fugir do Asilo Arkham, o Coringa decide provar ao Batman que basta apenas um momento de intensa pressão psicológica para que um indivíduo escolha a loucura como meio de subjugar uma realidade de intenso sofrimento. Para isso o Coringa e seus comparsas invadem a casa do Comissário James Gordon, para sequestrá-lo. Além disso, o Coringa dá um tiro na barriga da filha do Comissário, Barbara Gordon, a Batgirl, deixando-a incapacitada, em seguida ele a violenta sexualmente (sugerido pelos autores) registrando tudo em fotos. Posteriormente o Coringa leva o Comissário a um parque de diversões macabro e o coloca numa montanha-russa que circula em meio a projeções de fotos de sua filha sendo violentada. Com isso ele tenta provar sua tese, deixando Gordon louco. Após intervenção do Batman, salvando Gordon e prendendo o Coringa, a tese deste não é provada conclusivamente, pois vê-se que Gordon não enlouqueceu, apesar de toda a tortura psicológica a que fora submetido.
Jim Starlim, acompanhado por Jim Aparo trouxe aos fãs do Batman uma das mais trágicas histórias envolvendo o personagem. Nessa HQ, o segundo Robin, Jason Todd é assassinado de forma cruel pelo Coringa, que o espanca com um pé de cabra e o deixa aprisionado num armazém junto com a sua mãe biológica, com uma bomba-relógio, que acaba explodindo e matando os dois.
Na verdade, o destino do personagem na época foi decidido pelos próprios fãs do Batman, que não gostavam do Robin vivido pelo Jason, e numa votação proposta pela própria DC, eles decidiram que ele deveria morrer. Embora não seja uma história tão famosa quanto as já citadas, mesmo assim é lembrada até hoje pelos fãs.
O Coringa é figura constante nas animações com o Batman,desde as primeiras nos anos 60. Esteve presente nas animações realizadas pela Filmation com o Batman e no famoso Superamigos.
Nos anos 90 ele retornou na animação Batman - O Desenho em Série,sendo, da galeria de vilões do Homem-Morcego, o que mais teve participações em suas temporadas. O seriado lhe deu uma conhecida assistente, a Arlequina, que acabou se tornando bem popular entre os fãs do personagem. Misto de assistente e namorada (?), a relação entre eles dois é confusa de se entender. Como curiosidade, quem dubla o personagem é ninguém menos que o Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker da primeira trilogia Star Wars.
O personagem também dá as caras na animação The Batman,(2004), numa versão diferente, ele aparece, com pele em tom azul-celeste, olhos vermelhos, cabelos bem mais longos e arrepiados e movendo-se de forma mais curvada.
Na animação Batman - Os Bravos e Destemidos, o personagem é baseado na versão criada por Dick Sprang. Em um dos episódios dessa série de animação, "Deep Cover for Batman!", Batman viaja para um universo alternativo aonde luta contra sua versão maligna, Homem-Coruja, ele acaba recebendo ajuda do primeiro Capuz Vermelho, que neste universo em particular é a versão boa do Coringa. Assim como o Coringa, o Capuz do universo alternativo também ficou desfigurado após cair num tanque de produtos químicos, mas neste caso, em vez de cair acidentalmente, ele foi jogado de propósito pelo Homem-Coruja (versão maligna do Batman). Sua sanidade, embora abalada, não ficou quebrada como a do Coringa original.
O personagem cansado de pertubar em Gothan, também aparece num episódio da animação Superman - O Desenho em série, dos anos 90, formando uma parceria com Lex Luthor, para eliminar o homem de aço, que por sua vez, acaba sendo auxiliado pelo Batman, sendo esse o primeiro encontro entre os dois personagens nessa série animada, uma vez que tanto a animação do Batman quanto do Super-Homem, eram produzidas pelo produtor Bruce Timm. E também aparece em dois episódios da Liga da Justiça.
O Coringa também rouba a cena em 3 longas animados, Batman - A Máscara do Fantasma (1993), Batman do Futuro - O Retorno do Coringa (2000) e Batman vs Drácula (2005), além da adaptação de O Retorno dos Cavaleiro das Trevas, de 2012. Recentemente ele reapareceu justamente na adaptação de sua mais famosa graphic novel para animação, A Piada Mortal.
A aparição na telinha mais memorável do Coringa se deu no cult cômico Batman e Robin, a famosa série estrelada por Adam Wet e Burt Ward. Quem deu vida ao personagem foi o ator César Romero. Seguindo o tom da série, o Coringa visto nessas produções é realmente um palhaço com ideias tolas e infantis. Uma delas tornou-se memorável, transformar a água do reservatório de Gothan em gelatina... kkk.
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