Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus, não digas nada...
Deixa a vida exprimir-se sem disfarce!
Enterra-os bem nos meus, não digas nada...
Deixa a vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio
Amor, é este o soneto…
Não me queiras, apenas por palavras,
Expressões sem alma, recebe-me em teu seio
O olhar se feche, onde o sonho lavra
Recebe-me por inteiro e sem receio.
Nos teus lábios, meus, se encontrem
Línguas, que gladiam sabores frutados
Que teu corpo vibre enquanto estiverem
Nossos membros nos dois entrelaçados.
Línguas, que gladiam sabores frutados
Que teu corpo vibre enquanto estiverem
Nossos membros nos dois entrelaçados.
Duas bocas uma língua, -Gemido
Nos beijos, olhar comprometido
Sangue, suor, sabor, odor, unidos.
Nos beijos, olhar comprometido
Sangue, suor, sabor, odor, unidos.
Depois, olhar que me penetra, amada!
Funde-os aos meus, apenas calada,
Deixa a vida, ser, um tudo, no nada!
Funde-os aos meus, apenas calada,
Deixa a vida, ser, um tudo, no nada!
Alberto Cuddel
Hummmm....
ResponderExcluirQue tributo, não?!?!?
Apaixonante!!!!
Hummmm....
ResponderExcluirQue tributo, não?!?!?
Apaixonante!!!!