Se eu fosse sua lua
A ti meu sol
Ficaria sempre nua
A despojar-me sobre nossa cama
Onde tudo se inflama
Brindar-te-ia com minha amabilidade
A noite seria de pura claridade
Tamanho o brilho irradiado
Desse apego por nós trocado
Mas nosso afeto é impossível
Pois é o fato improvável
Eu vivo as noites
Que solitárias ferem como açoites
E tu os dias
De mim sempre fugias
E eu a espreitar-te distante
Numa febre de amante
Dar-lhe-ei um breve abraço
Nesse curto espaço
Quando cruzarmos nossos caminhos...
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