O enorme sucesso trouxe os personagens de volta aos cinemas dois anos depois, e como não poderia deixar de ser,a sequência foi uma das mais aguardadas daquele ano. Todos os principais envolvidos,(Silver, Donner e Black), além de grande parte do elenco original, incluindo a dupla Gibson/Glover também retornaram. O reforço no elenco ficou por conta do Joe Pesci, que no decorrer da série,se tornaria integrante fixo. Nesse filme, seu personagem é um dos pivôs da história. Dessa vez o roteiro faz uma mistura desconcertante entre o humor e a ação. Venha conferir mais uma resenha do blog...
Máquina Mortífera 2 - Lethal Weapon 2
País - Estados Unidos Ano - 1989 Duração - 114 min Direção -Richard Donner Roteiro - Jeffrey Boam Gênero -Ação, Policial Edição - Stuart Baird Distribuição - Warner Bros. Pictures Lançamentos: Estados Unidos 7 de Julho de 1989 Portugal 28 de Julho de 1989 Brasil 21 de Setembro de 1989 Idioma - Inglês, Africâner
Martin Riggs - Mel Gibson Roger Murtaugh - Danny Glover Leo Getz - Joe Pesci Arjen Rudd - Joss Ackland Pieter Vorstedt - Derrick O'Connor Rika Van Den Haas - Patsy Kensit Trish Murtaugh - Darlene Love Rianne Murtaugh - Traci Wolfe Nick Murtaugh - Damon Hines Capitão Ed Murphy - Steve Kahan Jerry Collins - Grand L. Bush Tim Cavanaugh - Dean Norris Eddie Estaban - Nestor Serrano HansMark Rolston - Luiz Feier Motta Meagan Shapiro - Jenette Goldstein Psiquiatra da Polícia - Mary Ellen Trainor GeorgeAllan - Dean Moore
Riggs e Murtaugh são designados para proteger Leo Getz (Pesci), um contador falastrão que estava lavando dinheiro para narcotraficantes, e no processo,desviando um pedaço para ele mesmo. Ao ser descoberto, para não ser morto, ele entrega o esquema para a polícia e fica no serviço de proteção a testemunhas.
Acontece que a história de Leo está ligada justamente a um caso investigado pela dupla. Os dois decidem voltar atenção para esse caso e descobrem que tudo está ligado a um esquema liderado pelo cônsul da África do Sul, Arjen Rudd, que se esconde por detrás de sua imunidade diplomática para cometer os clássicos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Durante a investigação, Riggs acaba se envolvendo amorosamente com a secretária do consulado, Rika van den Haas, e descobre que o braço-direito de Rudd, Pieter Vorstedt, foi responsável pela morte de sua esposa.
O roteiro do filme foi mais uma vez escrito por Black, mas, originalmente, Riggs morreria no final. Quando os produtores decidiram manter Riggs vivo, Black se recusou a continuar escrevendo, e o roteiro foi passado para Jeffrey Boam (de Indiana Jones e a Última Cruzada), que fez os últimos ajustes para a história ficar ao gosto de Donner e Silver.
Os personagens, dessa vez não é preciso os desenvolver. O filme começa a mil, com uma adrenalinesca sequência de perseguição, envolvendo Riggs, Murtaugh e boa parte da força policial de seu distrito. Os elementos bem conhecidos do filme original estão presentes, mas como dito, dessa vez o humor permeia a trama por quase toda a sua duração. O tom é mais leve e as piadinhas e gags se desdobram a cada cena, principalmente por conta da presença do Joe Pesci, vivendo o contador Leo Getz.Segundo contam, em seu teste de cena, Joe foi tão perfeito,que Donner não se aguentou e começou a rir disparadamente, tornando praticamente obrigatória a contratação do ator.
E se o ponto fraco do primeiro filme foram os vilões, o segundo compensa isso em cheio. A trama dessa vez recebe um melhor desenvolvimento, tal como os antagonistas, com destaque para o cônsul sul-africano. Extremamente racista e arrogante, e se valendo de suas credenciais, ele é intocável pelas leis americanas e se vale disso para abusar do poder e secretamente comandar um esquema de tráfico e lavagem de dinheiro. Junte a ele, seu braço direito, Pieter Vorstedt, pau mandado e principal assassino de Arjen, ele não tem escrúpulos para cumprir ao ordens do chefe. Ambos são interpretados pelos atores Joss Ackland e Derrick O'Connor,e talvez sejam os vilões mais memoráveis dessa franquia. Sem poder incriminá-los, Riggs passa a incomodar o grupo, e a coisa chega a tal ponto,que a organização se volta contra a polícia. Entra em cena as principais sequências de ação da franquia, ainda melhores e totalmente superiores ao filme original.
Mas uma cena em especial é praticamente a mais memorável dessa série: Murtaugh passa 18 horas preso ao vaso sanitário,por conta de uma bomba. Entra em cena todo o esquadrão anti-bombas do departamento,isso depois dele ter pedido ao Riggs, que o encontrou nessa situação, que fosse discreto. Ao mesmo tempo em que a cena é hilária,mostra em seu desfecho o quanto são fortes os laços de amizade entre os dois personagens.
O roteiro ainda encontra espaço para a crítica político-social, uma vez que, como dito, a trama envolve o diplomata da África do Sul, que por aqueles tempos,vivia sob o regime do Apartheid. Vale destacar as atuações da dupla mais uma vez. Gibson não perde o tom do seu amalucado Martin Riggs e continua afiado.Sempre impulsivo e cheio de energia, ele toma o filme para si e é responsável pelos momentos mais cômicos da trama,com piadas e tiradas sensacionais e um senso de humor extravagante.Além disso,ganha um interesse romântico, algo que não teve espaço no filme anterior. Da mesma forma, Danny Glover retorna com o seu Murtaugh, sempre dedicado à família, comedido e o contraponto às inconsequências de Riggs, não medindo esforços para garantir a retaguarda do parceiro. O sargento também é responsável por outro grande momento cômico, quando ele vai até o consulado sul-africano pedir um visto para entrar no país, e causa o maior rebuliço, só para abrir uma brecha para Riggs invadir o lugar.
Máquina Mortífera 2 foi mais um grande sucesso de público e crítica, custando 25 milhões e rendendo 150 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos, o que fez com que ele fosse o terceiro filme mais assistido de 1989, perdendo apenas para Batman e Indiana Jones e a Última Cruzada (consulte a trajetória de ambos aqui mesmo,consulte através do marcador de buscas). Donner, Gibson e Glover o consideram o melhor da série. Aparentemente, o único que não gostou do filme foi o verdadeiro cônsul da África do Sul, que o classificou como "horrível". Curiosamente, mesmo tocando em temas sensíveis como o apartheid e diplomatas criminosos, o filme foi exibido na África do Sul sem nenhum corte, e lá também foi um sucesso de público e crítica.
Martin Riggs - Mel Gibson
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