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domingo, 30 de julho de 2017

Especial Homem Aranha - Resenha Cinéfila - O Espetacular Homem Aranha 2 - 2014

O mal do ser humano é não dar atenção aos erros do passado. Essa sequência comete os mesmos erros do Homem-Aranha 3. Cria tramas e subtramas, recheia de personagens, colocam um esquadrão de vilões, não desenvolvem nada a contento e fica um vazio e dúvidas que não seriam finalizados, uma vez que essa versão do personagem se encerraria por aqui mesmo.


O Espetacular Homem-Aranha 2-A Ameaça de Electro
The Amazing Spider-Man 2 - Rise of the Electro
País - Estados Unidos
Ano - 2014
Duração - 142 min 
Direção - Marc Webb
Produção - Avi Arad, Matt Tolmach
Produção executiva - E. Bennett Walsh, Stan Lee, Alex Kurtzman, Roberto Orci
Roteiro - Alex Kurtzman, Roberto Orci, Jeff Pinkner
História - Alex Kurtzman, Roberto Orci, Jeff Pinkner, James Vanderbilt
Baseado em The Amazing Spider-Man de Stan Lee, Steve Ditko
Gênero - Ação, Aventura, Ficção científica
Música - Hans Zimmer, The Magnificient Six
Cinematografia - Dan Mindel
Edição - Pietro Scalia
Companhias produtoras - Sony Pictures Entertainment, Marvel Entertainment, Arad Productions, Inc., Matt Tolmach Productions
Distribuição - Columbia Pictures
Lançamentos:
Portugal 17 de abril de 2014
Brasil 1 de maio de 2014
Estados Unidos 2 de maio de 2014
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 200 milhões
Receita - US$ 708 982 323

Andrew Garfield como Peter Parker / Homem-Aranha
Emma Stone como Gwen Stacy
Dane DeHaan como Harry Osborn / Duende Verde
Jamie Foxx como Max Dillon / Electro
Paul Giamatti como Aleksei Sytsevich / Rino
Chris Cooper como Norman Osborn
Sally Field como May Parker
Felicity Jones como Felícia Hardy
Colm Feore como Donald Menken
Marton Czokas como Dr. Ashley Kafkar
Campbell Scott como Richard Parker
Embeth Davidtz como Mary Parker

Peter Parker (Andrew Garfield) adora ser o Homem-Aranha, por mais que ser o herói aracnídeo o coloque em situações bem complicadas, especialmente com sua namorada Gwen Stacy (Emma Stone) e sua tia May (Sally Field). Apesar disto, ele equilibra suas várias facetas da forma que pode. No momento, Peter está mais preocupado é com o fantasma da promessa feita ao pai de Gwen, de que se afastaria dela para protegê-la. Ao mesmo tempo ele precisa lidar com o retorno de um velho amigo, Harry Osborn (Dane DeHaan), e o surgimento de um vilão poderoso: Electro (Jamie Foxx).

O reboot dividiu as opiniões, mas foi sucesso de bilheteria.2 anos depois a sequência chegou aos cinemas,novamente sob o comando do Marc Webber,e com parte do elenco central de volta. Como sempre,novos nomes reforçaram o filme, o oscarizado Jamie Foxx viveria o novo vilão, o Electro, Dane DeHann seria o conhecido Harry Osborn, Paul Giamati seria o Rhino e ainda teríamos participações dos conhecidos Chris Cooper e Felicity Jones.

O roteiro foi escrito por 3 pessoas: Alex Kurtzman, Roberto Orci e Jeff Pinkner. O filme anterior não foi perfeito como vimos. O correto seria então se guiar com o que não deu certo e tentar corrigir nessa sequência. Será que o novo Homem-Aranha repetiria o feito de 10 anos antes, e assim como a sequência do primeiro filme de Raimi, superaria o antecessor?


Mais uma vez,o mistério a respeito dos pais de Peter tomam conta da narrativa. O atormentado herói passa alguns momentos do filme ainda tentando entender o que aconteceu com eles e em busca de respostas. Aí começam a surgir os vilões e as tramas paralelas. Primeiramente surge Aleksei Sytsevich, que tenta roubar um caminhão carregado de plutônio, mas é detido pelo Aranha e vai para a cadeia. A partir de então, ele se some, vindo a reaparecer no final, quando lhe oferecem uma armadura eletromecânica e ele sai destruindo tudo pelas ruas, agora assumindo a identidade de Rhino.

Mas acontece que, quando deteve o bandidão logo no início, o herói salvou o nerd Max Dillon, um sujeito carente e sem amigos, que torna-se então admirador do Homem-Aranha. Max é empregado na Oscorp e trabalha na área de manutenção. Ao atender o chamado para manutenção elétrica em um laboratório da OsCorp, ele perde o equilíbrio e cai em um tanque com enguias elétricas geneticamente modificadas. Ao ser atacado, o transforma em um gerador elétrico vivo. E assim surge o vilão que será conhecido como Electro. Após um incidente pelas ruas de Nova Iorque,o Aranha é obrigado a detê-lo e ele acaba sendo aprisionado numa subdivisão da Oscorp.

Surge então outro velho conhecido da franquia, Harry Osborn, agora numa nova versão. O jovem que se encontrava fora, retorna à cidade para encontrar o pai, Norman Osborn, no leito de morte. O pai explica que tem uma doença hereditária, e que Harry está na idade do aparecimento dos primeiros sintomas. Norman dá a Harry um pequeno dispositivo que ele afirma conter o trabalho de sua vida. No dia seguinte, Norman morre e Harry é nomeado o novo diretor da OsCorp. Harry usa o dispositivo do pai e deduz que o sangue do Homem-Aranha poderia ajudar a salvá-lo. Ele pede a Peter, que sabe que vende fotos do Homem-Aranha para o Clarim Diário, para ajudar a encontrar o herói. Peter se recusa, pois teme os efeitos que a transfusão teria.

Dessa forma, cada personagem ganha um arco que culminará no embate decisivo com o Aranha. Mas é tudo muito rápido e mal desenvolvido. O Electro é interpretado por Jamie Foxx,o ator se esconde por trás de uma camada de efeitos digitais e não convence. A apresentação de Harry é super descaracterizada. Nessa versão, seu pai jamais foi o Duende Verde, embora ele tenha num compartimento privado da sua empresa, todo o equipamento do vilão clássico. Inconformado com a recusa do herói em lhe ceder uma transfusão, que poderia salvar sua vida,  Harry busca um tratamento com as mesmas aranhas que concederam poderes a Peter, mas a tentativa dá errado e ele se transforma numa criatura de aspecto horrível. O fato de ter negado a transfusão já é suficiente para fazer o Harry criar um ódio imensurável pelo nosso herói. Já o Electro, não tem realmente um motivo justo para tanto.

A atuação de Dane DeHann é a pior do filme. Cheio de caras e bocas, ele não acerta o tom do personagem, apresentando um Harry cheio de fraquezas e se torna um vilão caricato. Com tantas coisas precisando ser conectadas, a história não flui e o roteiro se torna preguiçoso,o que culmina em soluções rápidas e descartáveis. Os vilões não convencem de forma alguma. O filme não define uma trama principal.

O que segura um pouco o interesse continua sendo a boa química entre Garfield e Stone. Já que conhecemos seus personagens e nos familiarizamos, eles não precisam de um grande desenvolvimento, e levam a contento o arco dramático da história. O Andrew surge mais seguro com o seu Parker/Aranha e sentimos uma evolução em sua interpretação. O Homem-Aranha é aquilo que conhecemos dos quadrinhos, piadista, sarcástico e irônico, contrastando com seu alter ego, um jovem cheio de dilemas pessoais.

As sequências de ação também são boas, com destaque mais uma vez para os efeitos digitais. Mas são tantos que em dados momentos percebemos que os próprios personagens são derivados de animação e as cenas ganham aparência de games. Na verdade, os grandes momentos do filmes são no seu início e nas sequências finais. Grande parte do recheio se perde na tentativa de desenvolver os personagens. Temos também uma referência a um dos maiores e mais tristes momentos vividos pelo aracnídeo em seus 50 anos de história. Quem conhece os quadrinhos sabe do que se trata.

A trilha sonora é outra bola fora. Sai o James Horner e entra o conhecidissímo Hanz Zimmer, autor das trilhas da trilogia Batman. O maestro e compositor entrega uma das piores trilhas dos últimos tempos.O filme ainda deixa uma ponta solta, sugerindo que numa futura 3ª produção, provavelmente o Aranha se bateria com o Sexteto Sinistro, um grupo de super-vilões bem conhecidos dos quadrinhos.

Resumo da história:o filme anterior não foi perfeito. Sua sequência conseguiu ser no mesmo nível.Ou até mesmo mais fraca e dispensável. A crítica não olhou com bons olhos e destacou mais os pontos negativos que positivos. Já a produção, cujo custo foi de 200 milhões,arrecadou dessa vez pouco mais de 708 milhões. Mas as opiniões dos fãs se dividiram também. Porém, tudo indicava que o filme teria sequência,fechando uma provável trilogia ou até se estendendo. Mas no final de 2014, um vazamento de informações do estúdio revelava que a Sony estava negociando para incluir o Homem-Aranha no Universo Marvel Cinematográfico, e em fevereiro de 2015, a Marvel anunciou que fechara acordo para incorporar o herói. Um novo Homem-Aranha seria introduzido em um filme da Marvel Studios ( Capitão América 3: Guerra Civil, visto que nos quadrinhos Peter Parker é um dos personagens principais da série).A notícia se confirmou e com isso, todo o futuro planejamento com o personagem nessa linha aqui ficou sem conclusão.

Os planos seguintes seriam um novo recomeço para o herói,mas sem mais uma vez ter de contar um filme de origens. Com isso, Marc Weber pulou fora, bem como o Andrew Garfield. Mas é curioso relatar o que houve com ele e a Emma Stone após essa franquia. O jovem ator atualmente está com a carreira plenamente estabilizada,inclusive foi indicado esse ano ao Globo de Ouro e o Oscar por sua atuação em Até o Último Homem. Já a Stone, atuou em boas produções, como Birdman, de 2014, que levou o Oscar de melhor filme do ano. Esse ano ela própria foi contemplada com o Bafta, Globo de Ouro e o Oscar por sua atuação em La La Land.




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