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sábado, 20 de maio de 2017

Resenha Cinéfila - Alien 4 - Ressurrection

O título anterior da franquia foi um fracasso crítico e deveria ter sido o último da série. Qual motivo os produtores teriam para mais uma empreitada com os alienígenas mais infames das galáxias?

Venha conferir...
Alien 4 Resurrection
Pais - Estados Unidos
Ano - 1997
Duração - 108 min 
Direção - Jean-Pierre Jeunet
Roteiro - Dan O'Bannon, Ronald Shusett, Joss Whedon
Gênero - ação, terror
Distribuição - 20th Century Fox
Lançamentos:
Estados Unidos 26 de Novembro de 1997
Portugal 27 de Fevereiro de 1998
Brasil 9 de Abril de 1998
Idioma - inglês
Orçamento - US$ 70 milhões (estimado)
Receita - US$ 161 milhões

Sigourney Weaver.... Ellen Ripley
Winona Ryder.... Annalee Call
Ron Perlman.... Johner
Dominique Pinon.... Vriess
Gary Dourdan.... Christian
Michael Wincott.... Elgyn
Kim Flowers.... Hilliard
Dan Hedaya.... General Perez
J.E. Freeman.... Dr. Wren
Brad Dourif.... Gediman
Raymond Cruz.... Distephano
Leland Orser.... Purvis

Durante os eventos em Alien 3, a tenente Ripley se vê sem opção quando a gananciosa Weyland Yutani descobre que ela se tornou uma hospedeira da raça alienígena, em um ato corajoso ela se mata junto com o Alien que estava em seu corpo. Mas, 200 anos depois, numa nave espacial de pesquisa militar, a tenente Ellen Ripley acorda e descobre que cientistas a clonaram, e que usaram seu corpo com sucesso como encubador de uma rainha dos alienígenas. A intenção deles é ter um exército de aliens que possam controlar. Durante o processo, o DNA da tenente é misturado com o da rainha e ela desenvolve algumas características alienígenas. Os cientistas da força militar chamada United Systems Military começam a criar os Aliens, sendo 12 Aliens a bordo, mas estes conseguem escapar, provocando terror e morte na nave.

Com o ataque dos Aliens, a nave militar entra em um procedimento padrão de emergência e muda sua rota em direção à Terra. Carregando uma grande ameaça a bordo, eles precisam explodir a nave e fugir o mais rápido possível. Assim, apenas a tenente Ripley e alguns contrabandistas, podem impedir que o terror assole o planeta Terra.

A dança das cadeiras dos diretores continuavam.Depois de Scott, Cameron e Fincher, mais um semi desconhecido teria sua oportunidade:o francês Jean-Pierre Jeunet. No currículo ele tinha Delicatessen e Ladrão de Sonhos e futuramente se consagraria com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Eterno Amor e Micmacs. Porém,até esse instante, ainda não era um nome badalado.

Outro nome que posteriormente encontraria seu espaço ao sol hollywoodiano se faz presente nessa obra, o roteirista e futuro diretor Joss Whedon. O nome não é estranho? Se você não vive em outro planeta, já deve ter ouvido sim falar no figura. Ele assinou os roteiros de flimes como Buffy - A Caça Vampiros e Toy Story. Mas seus últimos trabalhos mais consagrados foram com os personagens de uma certa editora chamada Marvel. Estamos falando do sujeito que escreveu e dirigiu nada menos que os dois filmes dos Vingadores. Mas é bom destacar que ele não responde sozinho pelos créditos do roteiro desse novo filme.

Como em Alien 3,o calcanhar de Aquiles aqui é mais uma vez o roteiro, mesmo com nomes de talento responsáveis por ele. Como dito não haviam mais motivos para uma nova produção. Sem ter ideias inovadoras com os monstros, a história se arrasta, isso é nítido. Apesar de algumas boas ideias, como a clonagem da Ripley e a fusão de seu DNA com a raça Alien, o que resulta até mesmo numa conexão com eles ou a sequência de perseguição aquática, que é muito boa.

O elenco traz mais uma leva de personagens desnecessários e sem importância, com alguns nomes conhecidos vivendo esses personagens,como a Winona Rider e o feiaço Ron Perlman,que são praticamente os maiores destaques entre os demais que só servirão de refeição para os monstros.No mais,a história vai se arrastando com tudo o que já vimos anteriormente:os monstros atacam de forma selvagem e os demais personagens correm e se escondem tentando sobreviver.O final é frágil e mostra que o talento mesmo ficou lá atrás com Scott e Cameron.

Novamente os Aliens padecem numa concepção ainda mais infame que a do filme anterior, com um designer horrendo. O mais novo representante ganha uma aparência humanóide. E os efeitos em CGI continuam contrastantes. O resultado disso tudo? O filme teve uma bilheteria medíocre nos States, com a pior arrecadação para um filme da série, mas salvou-se do fracasso no resto do mundo. O custo do filme foi de 70 milhões e a arrecadação ficou em torno de 161 milhões.

Joss Whedon, agora um nome conhecido da indústria do cinema,comentou que nunca aprovou o roteiro do filme,pois fugiram das propostas que ele criara e ocorreram muitas alterações. Pode-se afirmar que o diretor teve sua parcela de culpa,pois segundo contam,ele aceitou dirigir, contanto que tivesse a liberdade criativa total, ao contrário do que aconteceu com o David Fincher.

É dificil fazer um paradigma entre a produção anterior e essa aqui, pois ambos dividem as opiniões tantos dos críticos como dos fãs. Há quem veja méritos e desméritos em ambos. Há quem diga que o terceiro é o pior, há quem diga que é esse aqui. Há quem diga que esse dá à série um final bem mais digno que o visto no terceiro. Se existe um consenso, é que são produções à parte dos dois primeiros filmes e que não há como comparar,eles perdem feio mesmo para ambos. Seja como for, o 4º filme marcou a despedida de uma das personagens mais marcantes do cinema:a azarada Ripley, que sempre tinha a triste sina de estar nos momentos e ambientes mais errados possíveis. E absurdamente conseguia sobreviver aos ataques de uma das mais belicosas criaturas já vistas nas telonas. Imortalizada por sua intérprete, a Sigourney Weaver, Ripley foi a primeira heroína do cinema,a antecessora de nomes como Sarah Connor (Exterminador do Futuro),Laura Croft (Tomb Raider) e Alice (Resident Evil).

Ripley despedia-se dos fãs, mas essa não seria a última vez que os infames Aliens seriam vistos. Algum tempo depois eles retornariam,e dessa vez se bateriam com um antagonista de peso:um outro alienígena tão mortífero quanto os próprios.


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