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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Especial Alien - Resenha Cinéfila Alien- Convenant

Concluindo a passagem do Alien,vamos trazer agora a resenha do mais recente filme

Alien - Covenant
País - Estados Unidos
Ano - 2017
Direção - Ridley Scott
Produção - Ridley Scott, Mark Huffam, Michael Schaefer, David Giler, Walter Hill
Roteiro - John Logan
História - Jack Paglen, Michael Green
Gênero - Terror, Ficção científica
Música - Jed Kurzel
Cinematografia - Dariusz Wolski
Edição - Pietro Scalia
Companhias produtoras - 20th Century Fox, Scott Free Productions
Distribuição - 20th Century Fox
Lançamento - Estados Unidos 19 de maio de 2017
Idioma - Inglês

Michael Fassbender como Walter e David
Katherine Waterston como Daniels
Billy Crudup como o novo capitão da Covenant.
Danny McBride como o piloto da Aliança.
Demián Bichir
Carmen Ejogo
Amy Seimetz como Faris
Jussie Smollett
Callie Hernandez
Nathaniel Dean
Alexander England
Benjamin Rigby
Noomi Rapace como Dra. Elizabeth Shaw
Guy Pearce como Peter Weyland
James Franco como Branson
Uli Latukefu
Tess Haubrich
Goran D. Kleut

Matt Scaletti

2104. Viajando pela galáxia, a nave colonizadora Covenant tem por objetivo chegar ao planeta Origae-6, bem distante da Terra. Um acidente cósmico antes de chegar ao seu destino faz com que Walter (Michael Fassbender), o andróide a bordo da espaçonave, seja obrigado a despertar os 17 tripulantes da missão. Logo Oram (Billy Crudup) precisa assumir o posto de capitão, devido a um acidente ocorrido no momento em que todos são despertos. Em meio aos necessários consertos, eles descobrem que nas proximidades há um planeta desconhecido, que abrigaria as condições necessárias para abrigar vida humana. Oram e sua equipe decidem ir ao local para investigá-lo, considerando até mesmo a possibilidade de deixar de lado a viagem até Origae-6 e se estabelecer por lá. Só que, ao chegar, eles rapidamente descobrem que o planeta abriga seres mortais.

Prometheus foi uma alardeada produção que causou frison.Trazia não só o retorno de uma das mais famosas criaturas do cinema, (na teoria), numa aventura comandada pelo badalado Ridley Scott, como ainda tinha um elenco incomum. Os rumores davam contas que se tratava de um prequel, que nos mostraria tudo o que aconteceu antes dos eventos do clássico filme de 1979. Na prática, Prometheus foi decepcionante. Tipo, uma propaganda enganosa,o conteúdo não era nada do que o rótulo indicava. Mesmo assim o filme causou alvoroço entre seus fãs, que até hoje são divididos na avaliação. E também deixou pontas soltas, que precisariam de respostas.

Eis que surge Alien - Covenant, sequência direta de Prometheus, e assim como ele, causou alvoroço desde o seu anúncio. A divulgação dava contas que Scott se manteria na direção, o filme faria um regresso e resgataria os mesmos elementos do filme que abriu essa franquia, e finalmente mostraria o monstrengo em toda a sua glória. Além de costurar o que ficou solto. Mas será que o que foi prometido se cumpriu, ou foi igual a promessa de político?

Para início de conversa, esse novo título não prossegue de onde Prometheus finalizou. O início do filme até nos remete ao Alien de 79. Conhecemos a nova astronave, justamente a Covenant, que leva um bando de colonizadores para desbravar um planeta com atmosfera e condições semelhantes à Terra. Logicamente todos estão em processo de hibernação. Aí, como ocorreu em Prometheus, entra em cena novamente o ótimo Michael Fassbender, vivendo mais uma vez um andróide, chamado Walter, responsável pela manutenção e pela guarda da tripulação adormecida. Acontece que na viagem, a nave fica avariada após um desastre e a tripulação é obrigada a ser despertada, para consertar os estragos.É quando a turma capta uma transmissão vinda de um planeta próximo e resolvem ir até lá. Chegando no tal planeta,eles descobrem que suas condições são bem mais favoráveis de se habitar que o seu destino original, que ainda fica longe à beça,e eles decidem explorar o lugar. É aí que surgem os problemas,(e os adoráveis monstros que todos nós conhecemos).

Se os problemas se limitassem somente à ficção,tudo bem,mas o novo filme é uma bagunça só. O roteiro é um samba do crioulo doido,e o Ridley não sabe o que fazer nem que gênero optar na sua criação. Entram em cena os velhos elementos conhecidos. Personagens mal construídos e dispensáveis, que irão morrer sem fazer muita diferença. Por mais que no início, tente se criar um desenvolvimento para eles. Pena o desperdício,pois estão no elenco:Billy Crudup, James Franco, entre outros. Fassbender interpreta duplos personagens: o já citado Walter e o David, o andróide cheio de segundas intenções de Prometheus, que ressurge sabe-se lá de onde. O excelente ator é quase o único que se salva no que diz respeito aos colegas. Os demais se limitam a ficar histéricos ao menor sinal de problemas.O roteiro insiste em criar uma nova Ripley,a personagem Daniels, vivida pela atriz Katherine Waterston, que é completamente sem graça e passa longe da intenção.
O roteiro não se define. Cria situações demais e nenhuma delas é resolvida a contento, deixando buracos dignos de reflexões. Fora os diálogos longos e desnecessários, carentes de objetividade. O início do filme é lento, para que possamos tentar nos familiarizar com os personagens, ao mesmo tempo em que Scott tenta criar o clima de suspense enquanto vamos acompanhando a exploração do lugar.O mais novo "membro da família Alien" é o neomorfo,uma espécia albina.Sua apresentação é um dos poucos bons momentos do filme. Como antes, Ridley não apresenta o personagem de imediato,criando a tensão no que irá acontecer. O erro ocorre pelo fato de que o monstrengo é deixado um tanto de lado, pois a história insiste em apresentar as origens dessas criaturas. Surgem então subtramas cheias de complexidade e teorias, totalmente sem importância e pior ainda:ficam sem respostas. Com tudo isso, o filme passa a se arrastar e perder o interesse do espectador. Os poucos pontos positivos vão se perdendo e no decorrer vem a mudança de gênero. O que aparentava ser um filme de terror,inexplicavelmente cede à ação. Mas pelo fato da péssima construção dos personagens, não nos importamos com eles.
Como não poderia deixar de ser, o filme é sobrecarregado de efeitos digitais e ideias recicladas, como o eterno personagem que sempre se separa do grupo para se dar mal logo adiante. Já vimos isso milhões de vezes. Ou então a horda de Aliens que surgem para tocar o terror. Sem motivos para tanto,a duração do filme é estendida. Quando já não tem nada de interessante que justifique, certa cena é prolongada, apenas para justificar a presença do personagem central.
Apesar de tudo, o filme ainda tem os seus momentos, como as cenas de tensão escancarada e a própria presença do Alien, que nunca surge desprovida de impacto. A parte sonora também é digna de elogios. Se os elementos de tensão funcionam bem, se devem tanto ao uso do som quanto à própria trilha incidental.
Alien - Covenant já é um fracasso crítico. Os profissionais da área não apreciaram nada e só os fãs irão dar as respostas em relação às bilheterias. Já tem gente apontando ser realmente o pior dessa série, ofuscando O Alien 3 e 4. Não vou incluir o Alien vs Predador na conta,porque são produções que se passam à parte da franquia.Segundo contam, os planos do Scott seria dirigir mais umas 3 sequências. Se os planos serão mantidos, apenas a arrecadação total irá responder. Os chefões talvez não se animem em bancar sequências de um filme tão mal recepcionado e que talvez culminem numa bilheteria mediana.

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