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segunda-feira, 20 de março de 2017

Resenha Cinéfila - Kong - A Ilha da Caveira 2017

King Kong não precisa de apresentações. O monstro mais famoso do cinema, reina absoluto em seu gênero há 84 anos. No currículo, uma produção histórica, dos primórdios do cinema, (1933) e dois remakes (1976 e 2005), além de uma série de derivados de baixo orçamento, cortesia dos japoneses, fora quadrinhos e animações que trataram de perpetuar a longevidade do macacão em nossas lembranças.
Kong - A Ilha da Caveira
Pais -  Estados Unidos
Ano - 2017
Direção - Jordan Vogt-Roberts
Produção - Thomas Tull, Jon Jashni, Mary Parent
Roteiro - Max Borenstein, Dan Gilroy, Derek Connolly
História - John Gatins
Baseado em - King Kong - por Merian C. Cooper, Edgar Wallace
Gênero - Ação, Aventura, Ficção científica
Música - Henry Jackman
Cinematografia - Larry Fong
Edição - Richard Pearson
Companhias produtoras - Legendary Pictures, Tencent Pictures
Distribuição - Warner Bros. Pictures
Lançamentos:
Brasil 9 de Março de 2017
Portugal 9 de Março de 2017
Estados Unidos 10 de Março de 2017
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 185 milhões
Receita US$ 259.325.294 Bilheteria atualizada clic aqui

Tom Hiddleston como James Conrad
Samuel L. Jackson como Preston Packard
John Goodman como William "Bill" Randa, 
Jing Tian como San Lin
Toby Kebbell como Jack Chapman
John Ortiz como Victor Nieves
Corey Hawkins como Houston Brooks 
Jason Mitchell como Glenn Mills
Shea Whigham como Earl Cole
Thomas Mann como Reg Slivko
Terry Notary como Kong (captura de movimento)
John C. Reilly como Hank Marlow
Marc Evan Jackson como Steve Woodward
Eugene Cordero como Reles
Thomas Middleditch fornece a voz de Jerry
Richard Jenkins como senador Willis
Miyavi
como Gunpei Ikari.

Em 1973, uma organização secreta conhecida como Monarch encontra uma ilha que está envolta em mistério e identificado como a origem de novas espécies. A expedição resultante para a ilha revela que um gigantesco macaco monstruoso chamado Kong que está no centro de uma batalha pelo domínio sobre a ilha, contra os predadores de ápice, apelidados de "Skullcrawlers", responsáveis por destruir sua espécie. Enquanto a equipe da expedição planeja lutar pela sobrevivência contra Kong e os outros monstros da ilha, alguns deles começam a ver que Kong vale a pena ser salvo

A última passagem do Kong nas telonas foi em 2005, quando o premiado Peter Jackson dirigiu a versão definitiva com ele. Sucesso de público e crítica,o filme ainda abocanhou alguns Oscars técnicos. Desde então, Kong não deu mais as caras, e é até compreensível, pois o que mais poderia ser apresentado com ele, depois daquela excepcional produção? Sua história já era conhecidíssima, apresentar pela quarta vez, após a excelência que foi o filme comandado pelo Jackson, seria quase impossível.

Doze anos depois, vem a resposta. O gorila retorna agora numa espécie de prequel, apresentando-o antes dos eventos que todos conhecem ao longo de quase um século. O novo filme se passa inteiramente na misteriosa ilha de onde Kong se originou. A direção do filme ficou por conta do Jordan Vogt-Roberts, enquanto o roteiro foi escrito por três pessoas.

Já o elenco é estelar, formado por nomes como, Tom Hidleston, (o Loki dos Vingadores), a vencedora do Oscar Brie Larson, e outros que não necessitam de qualquer apresentação, os veteranos Samuel L. Jackson, (que lança uma média grandiosa de filmes por ano, só assim explica o fato dele estar em quase tudo), John Goodman e John C.Reiily.


A avaliação do novo filme pelos críticos foi mediana. Na parte técnica, a produção é a esperada. A fotografia é interessante, os monstros que habitam a Ilha da Caveira são assustadores como costumam ser, a trilha sonora, formada por alguns clássicos do rock é um atrativo a mais. O calcanhar de Aquiles, que uma maioria significativa vem apontado, é o roteiro, mal desenvolvido e com diálogos vexatórios e certas situações que desafiam a inteligência do espectador, mesmo levando em conta que se trata de uma obra f.

A história se passa no período pós-guerra do Vietnam, 1973. O curioso do filme, é perceber que ele presta uma homenagem a um clássico do gênero guerra, o famoso Apocalypse Now. São muitas as referências à produção de 1979. Logicamente, um filme envolvendo Kong e outros monstros apavorantes, só podemos esperar grandes sequências de ação e muito quebra pau entre o gorilão e os demais monstrengos que vivem por lá. Nessa parte o filme não desaponta. O Jordan domina bem o enquadramento e os ângulos, faz uso do slow- motion e unidos à fotografia fosca e os trabalhos de sonorização e mixagem de som,o resultado é bem satisfatório. Não esquecendo, logicamente, os excepcionais efeitos especiais e digitais, que dão vida tanto a Kong quanto às demais criaturas que aterrorizam a ilha. Todos muito bem feitos e detalhados.

A trama do filme é que é fraquinha, usam uma mera desculpa para se ir na ilha e pronto, o resto é rechear os humanos em embate com as criaturas aterrorizantes tendo o Kong como grande destaque. Não existe um melhor desenvolvimento dos personagens, como o Peter Jackson o fez em sua produção. Dessa forma se desperdiça por completo um elenco ultra promissor. O Tom e a Brie como se esperava, assumem a função de ser os personagens que farão a ação acontecer. O Samuel é um militar linha-dura, que quer descarregar suas frustrações com a guerra em cima do Kong. Já o Reilly é o personagem que rouba a cena, servindo também de alívio cômico. A falta de uma história melhor definida acaba comprometendo o talentoso elenco. Para tapear ou tentar, já que hoje em dia ninguém é mais bobo, o jeito é apelar para os efeitos e a ação.

No fim, Kong é um pipocão cujo objetivo vai ser alcançado. Ele abre a temporada dos blockbusters e de certa forma mantém a mítica do macacão acesa,afinal ele é icônico, não pode cair no esquecimento. E é fato, Kong retornará daqui a alguns anos. Repare nas cenas pós-créditos. Uma dica, ele não voltará mal acompanhado.

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