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sábado, 18 de março de 2017

Grandes Personagens do Cinema - King Kong 2005

A versão definitiva do King Kong ganhou as telas de cinema duas décadas depois do último remake, numa megaprodução comandada pelo produtor e diretor Neo-Zeolandês, Peter Jackson.
Um dos nomes mais badalados do cinema na atualidade, Jackson era um fã ardoroso do filme de 1933.Ele conta que assistiu o filme ainda criança,e ficou tão empolgado que quis recriar a famosa cena em que Kong escala o Empire State.Para isso ele utilizou uma maquete e o casaco de peles da própria mãe na ideia de recriar a cena.O primeiro filme do King Kong teve uma influência tão forte em sua trajetória,que ele decidiu seguir a carreira de diretor. Nos anos 90, Jackson tinha o projeto de comandar um novo remake com o gorilão,mas o roteiro,escrito por ele,exigiria um enorme orçamento,e os estúdios não estavam dispostos a bancar as cifras necessárias para um sujeito semi-desconhecido gastar num filme considerado um remake.
O Peter só conseguiu tocar o projeto no novo milênio,após se consagrar com a trilogia O Senhor dos Anéis,que encheu os cofres dos estúdios de dinheiro,e ainda por cima arrebataram dezenas de Oscars, entre eles, Melhor Filme e diretor. Após tudo isso,dizer um não a Jackson seria loucura,e ele finalmente pôs seu tão sonhado projeto em prática. O próprio confessa que dificilmente iria conseguir realizar o filme da forma como queria nos anos 90,antes da consagração com a trilogia do anel.
Jackson não somente iria dirigir,como também ficou responsável pela produção e escreveu o roteiro em companhia de Fran Walsh e Phillippa Boyens, que dividiram com ele os créditos da adaptação da trilogia do anel,e mais recentemente do Hobbit para os cinemas.
Para o elenco, os destaques ficaram por conta de Naomi Watts e o oscarizado Adrien Brody, que, ao saber que o filme seria dirigido pelo Peter, nem quis saber de ler o roteiro. Realmente,prestígio já diz tudo... A surpresa ficaria por conta da escalação do ator Jack Black,até então,mais conhecido por atuar em comédias.
A história segue o que já conhecemos,é basicamente a mesma da produção de 33.O Peter optou em recontá-la na década de 30,em homenagem a primeira produção. A história é bem simples. Na Nova York de 1933 conhecemos a jovem e desempregada atriz Ann Darrow (Naomi Watts), que cai nas graças do cineasta falido Carl Denham (Jack Black), para ser a estrela que faltava do seu novo filme, uma história de amor em alto mar. Após relutar um pouco, Ann aceita a oferta ao descobrir que o roteirista é o famoso dramaturgo Jack Driscoll (Adrien Brody). 
A equipe parte para as filmagens em alto mar a bordo de um navio cargueiro, porém, o real objetivo do diretor Carl é rodar várias cenas do seu filme na misteriosa e desconhecida Ilha da Caveira, que tem a fama de nunca ter sido pisada por nenhum homem.Lá chegando,o grupo decobre que a ilha é habitada,e os nativos sequestram Ann e a oferecem em sacrifício a um gorila gigante.O resto nem é preciso citar.
Trata-se do filme mais longo com o gorila, nada menos que 3 horas de duração.Esse foi o principal ponto questionável pelos fãs de cinema,a duração desnecessária de uma história que todos já conhecem.
Mas o Peter prolongou o filme para desenvolver melhor seus personagens centrais e rechear a obra de espetaculares sequências de ação e aventura.As cenas da expedição em busca de resgatar a Ann das garras do Kong são simplesmente adrenalinescas, marca registrada do Peter Jackson.Destaque para as cenas do estouro de brontossauros e a luta de Kong com 3 t-rex.
Entretanto, a presença dessas criaturas não fugiu ao fato de se comparar algumas cenas com o Parque dos Dinossauros,de Steven Spielberg.O aspecto técnico é indiscutivelmente bem realizado sendo inclusive responsável por grande parte do êxito deste novo King Kong nas bilheterias. Os cuidados com efeitos especiais geraram sequências impressionantes de serem vistas, com destaque para a concepção do próprio Kong que é extremamente realista, em especial quando comparada aos filmes anteriores, onde foram usados dublês vestindo uma fantasia de gorila e cenas de sobreposição de imagens. 
Para que os movimentos do Kong de Jackson fosse o mais realista possível, foi percorrido um longo caminho que mesclou tecnologia de ponta com o trabalho do ator Andy Serkis, que fez a criatura digital Gollum na trilogia O Senhor dos Anéis. Além de passar alguns meses estudando o movimento de gorilas na África, Serkis utilizou uma roupa especial com sensores para captura de movimentos, que depois foram tratados no computador para darem vida ao bicho. Tal técnica auxiliou inclusive nas expressões faciais do gorila.O novo Kong simplesmente supera tudo o que tinha sido apresentado antes.Ele é perfeito,tanto que,se possível,o espectador entraria no filme e se uniria com a Ann na tentativa de impedir que o monstrengo seja morto.
Outro grande destaque da obra é a direção de arte. A Nova Iorque da década de 30 é reconstituída com extrema perfeição. A direção de fotografia também é impressionante.A sequência do ataque aéreo ao gorila dispensa elogios.A trilha sonora também é magnífica. Embora desnecessariamente longo,trata-se da produção definitiva com o personagem,dificilmente o cinema verá outra melhor ou superior. Apesar da divisão dos críticos e dos fãs,que por algum motivo não ficaram totalmente satisfeitos,coisa que até hoje ninguém entende,afinal,o filme é perfeito em todos os aspectos técnicos.Ele arrecadou mais de 550 milhões nas bilheterias, e nas temporadas de premiações,levou 3 oscar,entre eles,efeitos visuais.Também conquistou um Bafta e 3 Prêmios Saturnos.



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