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quarta-feira, 15 de março de 2017

Grandes Personagens do Cinema - King Kong 1976

No decorrer das décadas,o gorilão deu as caras em produções B que, para o bem ou o mal, fortificaram sua imagem na memória dos fãs de cinema. Muitas décadas depois do primeiro filme,ele retornou no que pode ser considerado o primeiro remake da produção de 1933.
O filme chegou aos cinemas com a assinatura do produtor Dino De Laurentis,um dos nomes mais conhecidos do cinema por aquela época,e direção do John Guillermin.O elenco contou com o Jeff Bridges e uma então desconhecida Jessica Lange,aqui estrelando pela primeira vez nas telonas. O roteiro sofreu umas modificações da obra original,mas segue aquilo que os fãs já conheciam.A história se passa na época em que o filme foi realizado,(anos 70).Os personagens principais tiveram o nome modificado.
No remake, um gigantesco gorila é encontrado numa ilha do Pacífico pela tripulação do navio de uma companhia petrolífera. Na ilha vivia uma tribo de nativos que oferecia mulheres em sacrifício ao gorila. 
Os tripulantes salvam Dwan (Jessica Lange), uma sobrevivente de um naufrágio, prendem o gorila, e o levam para ser exposto em um espetáculo em Nova Iorque. Porém, ao chegar em território americano, o gorila se mostra cada vez mais agressivo e escapa, provocando terror e pânico na cidade, acabando por subir nas Torres Gêmeas do Word Trade Center, com Dwan, por quem havia se afeiçoado. Segundo os fãs destacam,um dos atrativos desse filme é a relação bem mais íntima entre o King Kong e sua amada Dwan.
King Kong dessa vez seria representado por um gorila mecânico,mas como os custos seriam enormes,os produtores decidiram seguir outro rumo.Decidiram então que o maquiador Rick Baker,que posteriormente se tornaria um dos grandes maquiadores de Hollywood, chegando a conquistar 6 Oscar,vestiria uma roupa de gorila e daria vida ao monstrengo.Não se sabe o motivo,mas ele não foi creditado como intérprete de Kong. 
Para promover o filme, De Laurentis foi a programas de TV dos EUA e espalhou a mentira de que o primata do novo filme fora interpretado por um gigantesco robô hidráulico. Na melhor das hipóteses, esta era uma versão exagerada dos fatos: um King Kong robô realmente foi construído para o filme (depois, o boneco “excursionou” pelo mundo e acabou exibido no Playcenter, famoso parque de diversões de São Paulo/SP). Mas sua "atuação" se resumia a poucos takes de multidão. 
O boneco mecânico de "King Kong" foi construído à escala natural (12 metros de altura) por Carlo Rambaldi, recomendado a Dino de Laurentis por Mario Bava, que declinou a oferta para se ocupar dos efeitos especiais por não  querer ausentar de Itália. Durante todo o filme a única cena em que se vê a estrutura na sua totalidade é a da apresentação de Kong (com a coroa) no parque de diversões de Nova Iorque.
As filmagens decorreram entre Janeiro e Agosto de 1976, num horário exaustivo de 12 horas por dia. Para a cena final em Nova Iorque foram requisitados 5.000 figurantes mas para surpresa dos produtores apareceram mais de 30.000 pessoas.
Nessa versão, ao invés de King Kong subir no  Empire State Building, ele escala o Word Trade Center.Os empregados do Empire States,desagradados pelo fato de o final do filme ser filmado no World Trade Center, apresentaram-se no 102º andar do ESB todos vestidos com fatos de macacos.Visto atualmente,deixa uma certa saudade principalmente para a cidade de Nova Iorque,que relembra suas torres gêmeas,destruídas no atentado do 11 de setembro de 2001.
Apesar do seu sucesso comercial, não foi muito bem recebido pela crítica, que idolatrava o filme original e via quase como uma blasfêmia a realização de uma versão atualizada. Foi criticado por tornar demasiado óbvio aquilo que era apenas sugerido na versão original, mas é necessário ter em conta a conjuntura em que ambos os filmes foram realizados. Esta é um versão despretensiosa, divertida, por vezes absurda, mas sempre com uma grande capacidade de entreter e emocionar. A crítica torceu o nariz para as “invenções de moda” do roteiro – principalmente os comentários feministas e meio ridículos (a certo ponto, a mocinha critica o autoritarismo do gorila e o chama de “macaco chauvinista”!) –, mas o projeto deu para o gasto. 
Nos dias atuais,o filme fica no meio-termo.Metade dos fãs preferem o saudosismo do original e a outra metade,a obra épica e extravagante de Peter Jackson.Mas esse título aqui também tem seus admiradores, mesmo longe dos atributos do antecessor e do sucessor.Na época das premiações,ele levou ainda o Oscar de efeitos especiais e um Globo de Ouro de melhor atriz revelação para Jessica Lange.O filme foi ainda exaustivamente exibido pela Rede Globo,até sair de vez da grade de programações da emissora.



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