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sábado, 11 de março de 2017

Fimes Esquecíveis do Cinema - Resenha Cinéfila - Cowboys & Aliens

Como toda moeda que se preze, há duas faces. Assim como há os grandes filmes que se tornam inesquecíveis para as plateias, Existem também aqueles filmes que são totalmente esquecíveis, assim que colocamos os pés fora das salas de exibições. Assim é o caso deste filme, que mesmo com um elenco bom, orçamento alto, se tornou um célebre esquecível do cinema. 

 


Cowboys & Aliens
País - Estados Unidos
Ano - 2011
Duração - 118 min 
Direção - Jon Favreau
Produção - Brian Grazer, Ron Howard, Damon Lindelof, Roberto Orci, Alex Kurtzman, Scott Mitchell Rosenberg
Roteiro - Roberto Orci, Alex Kurtzman, Damon Lindelof, Mark Fergus, Hawk Ostby
Baseado em Cowboys & Aliens de Scott Mitchell Rosenberg
Género - Ficção Científica, Faroeste
Música - Harry Gregson-Williams
Cinematografia - Matthew Libatique
Edição - Dan Lebental, Jim May
Companhias produtoras  - Universal Pictures, DreamWorks SKG, Relativity Media, Imagine Entertainment, K/O Paper Products, Fairview Entertainment, Platinum Studios
Distribuição - Universal Pictures, Paramount Pictures
Lançamentos:
Estados Unidos 29 de Julho de 2011
Portugal 25 de Agosto de 2011
Brasil 9 de Setembro de 2011
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 163 milhões

Receita - US$ 174.822.325


Daniel Craig como Jake Lonergan, 
Harrison Ford como Coronel Woodrow Dolarhyde 
Olivia Wilde como Ella
Sam Rockwell como Doutor. 
Noah Ringer como Emmett
Paul Dano como Percy Dolarhyde
Clancy Brown como Meacham
Keith Carradine como Xerife Taggart
Adam Beach como Nat Colorado
Abigail Spencer como Alice
Ana de la Reguera como María
Walton Goggins como Hunt

Em 1873, no Arizona, um homem chamado Jake Lonergan acorda sem nenhuma memória de seu passado, e com um misterioso bracelete em seu pulso. Ele entra na cidade de Absolution, onde descobre que ele é um criminoso notório procurado por muitas pessoas, incluindo o Coronel Woodrow Dolarhyde, que comanda a cidade com punhos de ferro. Porém Absolution enfrenta uma ameaça maior quando uma força misteriosa ataca a cidade do céu, matando todos no caminho. Enquanto o bracelete de Lonergan guarda o segredo para derrotá-los, ele deve se aliar ao Coronel Dolarhyde e antigos inimigos para combater a entidade misteriosa.

Baseado na graphic novel homônima de Scott Mitchell Rosenberg,essa adaptação para o cinema até que prometia:iria fazer uma mescla dos gêneros faroeste e ficção científica,o oscarizado diretor Ron Howard era um dos produtores, o conhecido diretor Jon Fraveau, dos dois filmes do Homem de Ferro comandaria,o orçamento era de 163 milhões e de quebra tinha dois nomes que interpretavam personagens famosíssimos dos cinemas.

O primeiro era o Daniel Craig, já com dois filmes do James Bond no currículo e o segundo ninguém menos que o Harrison Ford, o eterno Indiana Jones. No recheio, a sensual Olivia Wilde. Infelizmente não existe boa intenção que sobreviva a um péssimo roteiro e uma produção onde o diretor se perde e não sabe desenvolver o material de forma satisfatória. O filme até que começa legal, reunindo alguns elementos do gênero Velho Oeste. Temos  o sujeito misterioso e sem passado (Craig), o fazendeiro durão e rico que faz valer sua vontade sobre a população local (Ford), o xerife, a mocinha (Wilde), o saloon, os cowboys casca grossa e outras referências do gênero. 


A coisa descamba quando entram os alienígenas na historia. O caso é que os motivos que trazem os aliens ao período do velho oeste são mal definidos, simplesmente não convence nada, é mera desculpa para os colocar em atritos com a turma local, que no fim das contas, deixam suas desavenças de lado e se unem para combater a ameaça. E para esse pessoal, o que importa encarar em pleno oeste americano, com rifles, a boa e velha Colt, arco e flechas, ameaças que por aquela época seriam incompreensíveis, dotados de alta tecnologia e armas lasers capaz de fazer estragos consideráveis? Coisa mais normal desse mundo.

O Jon se perde na direção,o filme fica indo e vindo na tentativa de explicar o passado do personagem protagonista. Não existe diferença alguma nas personalidades do Craig e do Ford, ambos encarnam os mesmos personagens. Ambos são rabugentos,de poucas palavras e não levam desaforos pra casa.


Escrito por 5 roteiristas,o filme tenta se segurar justamente na curiosidade dos fãs de cinema em ver os intérpretes de dois personagens icônicos, dividindo a tela, mas ele não tem mais que uma história chata e recheada de efeitos especiais e explosões, como é comum nos filmes de ação atuais. Junte a isso o excesso de personagens coadjuvantes, o garoto que precisa encontrar a sua coragem, passando pelo índio que admira o patrão, a mocinha (Wilde) que não tem importância alguma na trama a não ser enxugar a vista da macharada. Completando o caldo, não vamos esquecer do cachorro do garoto. A grande decepção mesmo está no (inexplicável) fato do roteiro insistir em criar situações dramáticas e apresentar as subtramas através de péssimos diálogos – o que soa falso e forçado.

Em momento algum o filme consegue oferecer algo de empolgante ou memorável, seja uma cena de ação, seja uma linha de diálogo ou seja, ao menos, um simples plano. Ainda que realizado com alta competência técnica, é tudo genérico e derivativo, em uma falta de imaginação que chega a cansar em certo ponto da projeção. No fim o resultado foi previsto. Fracasso crítico e comercial. Arrecadou somente 11 milhões a mais do seu custo de produção, resultando numa bela decepção para seus idealizadores. Realmente a ideia de misturar os gêneros não foi válida.



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