A cada manhã tento me refazer
O espelho reflete uma divina imagem
É o meu avesso que inverte a imagem
Sou como o capim retirado da terra
Com as suas raízes arrancadas
Teima em nascer em reviver...
Sou o sonho arrancado
Sou a vida revitalizada
A cada manhã me decepciono
Mas minha existência luta
Revigora-se com o calor
Do amor por viver
A insípida verdade que me impede de ver
Faz-me ser louca e insanamente querer viver...
Liberdade realça a minha paz
A emoção me submete a falsa lucidez
Que me faz a leveza do meu ser!
O tempo ronda, não para, e meus pés prendem na terra.
A estrada é longa e corrói o silêncio a cada passada
A verdade insinua e canta para mim
Mas meus pés fincados no chão não me deixam cair
Mascaras caem e paraliso com que vejo...
Pés descalços piso nos cacos da ilusão
Reergo-me e recolho meus pedaços
Sigo o meu caminho de cara limpa
Visto-me de paixão
E sigo vivendo essa vida louca...
Elaine Coletti
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