E na incapacidade de meu ser
Resolvi não mais te querer
Não te propor mais nada
Manter minha boca calada
Não te dizer mais de meus sentimentos
Mesmo que isso afogue pequenos fragmentos
De tudo que se foi vivido
De tudo que se foi sentido
Não sei ainda como será meu amanhã
De quantas palavras serei escrivã
De quantos adeus terei que gravar
Em meu peito sedento por te amar
Não sei se haverá espaço para um novo amor
Não sei se meu coração irá se opor
De tudo que restou
E que um dia acabou
As paredes de meu castelo que desabou
Não sei se irei reconstruir
Os caminhos que terei seguir
São dúvidas cruéis agora a me possuir
Não sei se o sol irá de novo brilhar
Acredito mesmo assim que pássaros hão de cantar
Só não acredito mais nas doces baladas
Pois minhas mágoas nelas morreram afogadas
Não acredito em fins
Nem recomeços, nem afins
Acredito que o tempo não será cruel
Acredito que ele me será fiel
Só não sei quando isso acontecerá
E se meu corpo de novo em outros braços se aconchegará
O certo é que por hora
Nesse momento,e agora
Meu caminho é nublado
Meu sonho roubado
Meu peito dilacerado
Meu tempo encerrado..
Postar um comentário