BREAKING

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Alberto Cuddel - Os dias do Fim XLIX


Por entre versos – penso…

 

Por entre madrigais pensados

Noites mal dormidas, esboços rasgados

Arremesso um ensaio de poema sem rima

Sem mensagem definida, sem princípio

Karma dormente de uma leitura por cima

Conteúdo turvo, lido por um qualquer esculápio

Ungindo-me com a cura mental,

Devaneios de albatrozes em alto mar,

Perdido o norte, nas curvas de maltreitas ninfas,

Mãos molhadas, nos doces beijos da saudade

Perdida ancora, corrente ao fundo,

Sem mastro, navego sem rumo,

Por entre prazeres e orgasmos suados

As tempestades, as noites com o vento

Praias deserta onde repouso a mente

Na areia quente, rochas negras,

E o choro das varinas, maridos perdidos

No meu triste lamento, quem sou?

Possuidor de virtudes na tua boca,

Em mim um mar diferente tolhido de defeitos

Egoísta medonho, não ousa em si colorir o sonho

No medo obtuso que a água os lave

Recolho as lágrimas salgadas do sofrimento

Qual quer cadência de um sincronizado regimento,

Batem fortes as asas, que te levam para norte,

Em busca de uma qualquer outra triste sorte!

 

Alberto Cuddel

 

In : Os dias do Fim XLIX

Postar um comentário

 
Copyright © 2013 Infinitamente Nosso
Design by FBTemplates | BTT