Morte do dia,
Assim vão desfilando
os minutos,
Num velório
anunciado, morreu,
Mais um dia nasceu,
cresceu,
E se finou, assim
sem anuncio,
Sem honra de
abertura de jornal,
São assaltos,
assassinatos, roubos,
Impostos, corrupção,
mas e o dia afinal?
Nada, nem um rodapé,
assim esquecido,
Mas que dia
incompreendido este,
Que morte tão
desolada,
Morreu, não é
lembrada,
Apenas a noite, essa
sim acarinhada,
Apenas a criançada
um pouco contrariada,
Por chegar a hora da
cama, não acha piada!
Mas também a noite
nascida,
Com tudo onde está
prometida,
Irá crescer, cobrir
com seu manto,
O amante mais
incauto,
Cumprir promessas
feitas,
Trazer lagrimas às
desfeitas,
E aos primeiros
raios,
Também ela morrerá,
Não já, não hoje,
mas amanhã!
Alberto Cuddel®
Que dia....
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