Juramento…
No tempo do
nada,
Vi sem que
te olhasse,
No tempo do
tudo,
Vi sem que
me apaixonasse,
Ganhei o teu
tempo,
Sem que me
amasse!
Depositei-me
no amago da tua alma,
Entreguei-me,
completo assim vivalma,
Osculei
sorvendo o mel dos teus lábios,
Perscrutei o
universo, li os alfarrábios,
Descobri
amar em mim um outro eu,
Em mim
encontrei um tu apenas meu!
Recolhi-me
em mim, castrei-me, esperei,
Fiz-me em
ti, sentido do celibato dado,
Nas juras
gravadas, dadas, todo entreguei,
Selado, no
ser, no coração, consumado!
Fielmente
imune, ninfas e musas,
Rondam,
revolvem as águas, naufrago?
Jamais, me
deleitarei, sedutoras Nereidas,
Sedutoras irmãs de Tétis, não antes surdo,
Fechados que foram os olhos, antes mudo!
Elevo-me no sopro do sono, -olho-te
Recordando apenas em mim,
A parte de ti que em mim carrego!
Alberto Cuddel®
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